A Medalha de Mérito Científico destina-se a galardoar as individualidades nacionais ou estrangeiras que, pelas elevadas qualidades profissionais e de cumprimento do dever, se tenham distinguido por valioso e excecional contributo para o desenvolvimento da ciência ou da cultura científica em Portugal.

As Medalhas de Mérito Científico são uma iniciativa instituída pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.


:: Galardoados ::

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ARMANDO TRIGO DE ABREU

Armando Trigo de Abreu, engenheiro agrónomo, especialista em economia agrária, dedicou a sua vida profissional ao desenvolvimento científico em Portugal, assim como ao estudo e à acção a favor do desenvolvimento económico e social em países africanos. Especialista e professor universitário de Estudos Africanos, foi responsável pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento (IED), e contribuiu de forma decisiva para a formação de sucessivas gerações de quadros qualificados em países em vias de desenvolvimento. O seu papel como responsável pela comissão INVOTAN e pelo acompanhamento do comité científico da NATO marcou, ao longo de um período fundamental, a contribuição da NATO para o desenvolvimento científico em Portugal. Como primeiro presidente do Instituto de Cooperação Científica e Tecnológica Internacional (ICCTI), no âmbito do Ministério da Ciência e Tecnologia, contribuiu para elevar as relações científicas internacionais a níveis de exigência novos, e para o estabelecimento e reforço de redes de cooperação internacional à escala global. Em todas as suas importantes funções (foi ainda, em certo período, gestor do Programa Operacional para a Ciência e, ultimamente, chefe de gabinete do MCTES), Armando Trigo de Abreu distinguiu-se pela sua capacidade ímpar de juntar os esforços de todos em prol do objectivo fundamental de contribuir para o progresso científico e social.

ANTÓNIO DE ALMEIDA COSTA

António de Almeida Costa, autor de diversos estudos e ensaios sobre administração da educação. Foi Secretário de Estado na área da Educação nos terceiro, quinto e nono governos constitucionais. Foi Membro do Conselho de Curadores da Agência para a Avaliação e Acreditação do Ensino Superior, representante de Portugal no Comité de Educação da OCDE e Conselheiro Especial do Presidente da República, entre outros cargos de destaque na área do Ensino Superior.

ANTÓNIO FALCÃO

António Falcão, pelo caráter pioneiro a nível internacional nos fundamentos científicos e tecnológicos para o aproveitamento das energias renováveis marinhas, em especial a energia das ondas.

ANTÓNIO CUNHA

António Cunha, Presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas desde 2014, cargo onde permaneceu até 2017. Foi também Reitor da Universidade do Minho desde 2009, cargo que ocupou até 28 de novembro de 2017. É investigador no Instituto de Polímeros e Compósitos/I3N (Laboratório Associado) na área do processamento e comportamento de polímeros e compósitos. Coordenou vários projetos de I&DT nacionais e europeus, organizou diversas conferências e cursos avançados internacionais e é autor ou coautor de 2 livros, 120 artigos em revistas científicas internacionais (ISI), de 4 patentes e de 3 projetos vencedores de concursos nacionais de inovação industrial.

ANTÓNIO RAMALHO

António Ramalho, Diplomado em Engenharia Nuclear em Saclay, França, em 1957, especializou-se em Física de Reatores Nucleares (Michigan, EUA,1960). Foi responsável pelo Reator português (1961 a 1972), tendo formado a primeira equipa de técnicos e investigadores que se ocupou do Reator. Em 1973, é admitido na Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA). Em 1989, regressa a Portugal e assume novamente, a exploração do Reator de Investigação Português.

ANTÓNIO RENDAS

António Rendas, licenciado pela Faculdade de Medicina de Lisboa e Doutorado pelo Cardiothoracic Institute da Universidade de Londres. Foi Reitor da Universidade Nova de Lisboa e presidiu ao Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas. Trabalhou em várias comissões da Organização Mundial da Saúde e sobre a evolução do ensino da medicina. Foi um grande impulsionador da formação em Ciências da Vida em Portugal e da capacitação científica das Universidades e da articulação com o sistema de saúde.

ALBERTO AMARAL

Doutorado em Química Quântica pela Universidade de Cambridge, Reino Unido, é professor catedrático aposentado do Departamento de Química e Bioquímica (FCUP) e ex -reitor da Universidade do Porto. No período compreendido entre 1998 e 2008, dirigiu o Centro de Investigação de Políticas do Ensino Superior (CIPES), um dos principais núcleos de investigação da educação superior da Europa. De 2008 a 2020 presidiu a Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES), que tem como missão garantir a qualidade da educação superior em Portugal. Foi ainda responsável por trazer para Portugal um conjunto de novas metodologias de avaliação num processo que resultou na criação do Conselho Nacional de Avaliação do Ensino Superior (CNAVES).

ALEXANDRA COSTA GOMES

Engenheira pelo Instituto Superior Técnico, exerceu a sua atividade profissional na área financeira do Estado e na área das relações económicas internacionais com relevância para a afirmação de Portugal no exterior. Foi coordenadora da Missão de Macau em Lisboa, tendo sido a primeira presidente do Centro Científico e Cultural de Macau, I. P. O valioso contributo que prestou como membro titular do Grupo de Ligação Luso -Chinês e o prestígio que garantiu para o Centro Científico e Cultural de Macau, I. P., constituem um importante contributo para o aprofundamento das relações de amizade entre Portugal e a República Popular da China.

AARON CIECHANOVER

Médico e doutorado em Bioquímica pelo Technion — Israel Institute of Technology onde é «Distinguished Research Professor» na Faculdade de Medicina. Prémio Nobel da Química em 2004, por caracterizar o método que as células usam para degradar e reciclar proteínas usando a ubiquitina. Deu um contributo inestimável ao projeto «Patient Innovation», lançado por um grupo de investigadores portugueses. Membro da Academia de Ciências e Humanidades de Israel, da Pontifícia Academia de Ciências do Vaticano, da Academia Nacional de Ciências (NAS) e Medicina (NAM) dos Estados Unidos, da Academia Chinesa de Ciências, da Academia Russa de Ciências, da Academia Alemã de Ciências entre outras.

ARTUR SANTOS SILVA

Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra e frequentou o Stanford Executive Program na Stanford University. Doutorado honoris causa pela Universidade do Porto e pela Universidade Nova de Lisboa. Iniciou a sua carreira na banca em 1968 e fundou o Banco BPI. Tem dedicado a vida ao desenvolvimento da investigação científica e à promoção das artes e da cultura participando em diversas fundações. É atualmente curador da Fundação La Caixa. Integrou a Fundação Calouste Gulbenkian, a Fundação de Serralves, a Fundação Júlio Resende e o Conselho de Fundadores da Casa da Música.

ALEXANDRE QUINTANILHA

Deputado na Assembleia da República, na qual já presidiu a Comissão de Educação e Ciência e integra atualmente a Comissão de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território. É professor catedrático jubilado do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto. Foi docente e diretor do Centro de Estudos Ambientais e do Centro de Estudo de Tecnologia da Biosfera da Universidade da Califórnia, em Berkeley, e em Portugal fundou e dirigiu o Centro de Citologia Experimental e o Instituto de Biologia Molecular e Celular. Presidiu ao grupo responsável pela implementação do consórcio i3S e a vários comités da ESF, da OECD, da Comissão Europeia e de outras organizações internacionais de investigação. Autor de mais de 100 artigos em várias revistas científicas de cariz mundial, editor e autor de seis volumes em áreas da biologia e ambiente e de dezenas de artigos e relatórios em livros, revistas e jornais de divulgação, tendo também coordenado vários trabalhos nas áreas da biologia, do ambiente e da física aplicada.

ANA NORONHA

Diretora executiva da Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica — Ciência Viva. Doutorada em Física, especialização em Sistemas não Lineares, pelo Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa. Desenvolveu e coordenou projetos particularmente relevantes na área da Literacia do Oceano e da Ciência Espacial, tendo participado em programas nesses domínios no âmbito do Programa Horizonte 2020. Coordena o ESERO Portugal — European Space Education Resource Office, um programa educativo da Agência Espacial Europeia. É membro da ECSITE — European Network of Science Centres and Museums e do Advisory Committee on Education da Agência Espacial Europeia. Coordena o eixo «Blue Skills & Ocean Literacy» da Atlantic Strategy e é membro do Ocean Decade Communications Advisory Group.

ANA LUÍSA AMARAL

Doutorada em Literatura Norte-Americana pela Faculdade de Letras da Uporto (FLUP), tem-se dedicado aos Estudos Feministas, Estudos de Género, Poéticas Comparadas e aos Estudos Queer. Poetisa e ensaísta, é autora e tradutora de mais três dezenas de livros, quer de poesia, infantis, teatro, ficção e ensaio. Coautora do Dicionário da Crítica Feminista. Coordenou o projeto Novas Cartas Portuguesas Três Décadas Depois , que envolveu 10 equipas internacionais e cerca de 60 investigadores e resultou na publicação de vários livros. Obteve diversas distinções e prémios em Portugal e no estrangeiro, entre os quais, o Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana 2021.

Anália Torres

Doutorada em Sociologia, é Professora catedrática e coordenadora da Unidade de Sociologia no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP) da Universidade de Lisboa. Fundou e dirige o Centro Interdisciplinar de Estudos de Género (CIEG) do ISCSP. Integra a equipa responsável pela aplicação do European Social Survey em Portugal, desde 2002. É perita nos temas do género, família, casamento, divórcio, relação trabalho/família, proteção de crianças e jovens, assédio moral e sexual, entre outros. Criou vários cursos de mestrado e de pós-graduação nestes domínios. As suas investigações têm servido de base a mudanças legislativas como a alteração da lei do divórcio ou as mudanças relativas ao assédio moral e sexual. Coordena o projeto financiado pelo EEA Grants, GE-HEI – Igualdade de Género nas Instituições de Ensino Superior, promovido pela Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), em colaboração com a Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) e o Institute for Gender, Equality and Difference, University of Iceland (RIKK). É responsável por um dos Workpackages do projeto ALLINTERACT - Widening and diversifying citizen engagement in science, financiado pelo Horizonte2020, e dirige o Gender Committee. É autora, coautora e editora de mais de 20 livros e 80 capítulos de livros e artigos em revistas científicas nacionais e internacionais em várias línguas.

Álvaro Siza Vieira

Formou-se em Arquitetura na Escola Superior de Belas Artes do Porto entre 1949 e 1955. Construiu a sua primeira obra em 1954. Foi Professor Visitante em vários estabelecimentos de ensino. Deu aulas na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto até 2003. É autor de inúmeros projetos a nível nacional e internacional como a Biblioteca da Universidade de Aveiro e o Depósito de Água, construído em 1991. A Casa de Chá da Boa Nova (Leça da Palmeira), o Museu de Arte Contemporânea da Galiza, a Faculdade de Arquitetura da UPorto, o Museu de Arte Contemporânea de Serralves e o  Pavilhão de Portugal na Expo 98. Foi o primeiro arquiteto português a receber um Pritzker, em 1992, considerado o Nobel da Arquitetura. Obteve diversas distinções e prémios, entre os quais, a Medalha de Ouro de Arquitetura do Colégio de Arquitetos de Madrid (1980), o Prémio Nacional de Arquitetura (1993), o Prémio Secil de Arquitetura (1996 e 2000), o Prémio Nacional da Arquitetura Alexandre Herculano (2001) e a Medalha de Ouro do Instituto Real dos Arquitetos Britânicos (2009).

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