PRÉMIOS CIÊNCIA VIVA
Os Prémios Ciência Viva são prémios de reconhecimento por intervenções de mérito excepcional na divulgação científica e tecnológica em Portugal. São entregues anualmente na Semana da Ciência e Tecnologia.
GRANDE PRÉMIO CIÊNCIA VIVA
Distingue uma intervenção de mérito na divulgação científica e tecnológica em Portugal.
2021 Maria Amélia Martins-Loução
2013 A. M. Galopim de Carvalho
2012 Guilherme Valente e editora Gradiva (coleção Ciência Aberta)
Maria José Costa
Maria José Costa – ou Zita, como gosta de ser conhecida – é uma das mais destacadas biólogas marinhas portuguesas, especificamente nas áreas da ecologia de peixes e pescas, biodiversidade marinha, qualidade da água, gestão costeira e avaliação de impacto ambiental.
Doutorada em 1982 pela Université de Paris, França, e docente universitária desde 1973, é professora catedrática aposentada da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) e investigadora do MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, da mesma universidade.
Foi Vice-Presidente do Instituto Nacional de Investigação das Pescas, Presidente do Departamento de Biologia Animal da FCUL, Diretora do Centro de Oceanografia da Universidade de Lisboa – que mais tarde viria a integrar o MARE –, membro do Conselho Científico das Ciências do Mar e do Ambiente da Fundação para a Ciência e a Tecnologia e Presidente da Sociedade Portuguesa de Ciências Naturais.
Tem mais de 160 publicações em revistas científicas internacionais e publicou vários capítulos em livros científicos, também de carácter internacional.
Além do mérito científico, a paixão pelo mar que marca toda a sua carreira académica leva-a a uma generosa partilha de conhecimentos com a sociedade. Zita participa regularmente em iniciativas de divulgação científica e de promoção da literacia do oceano em escolas e Centros Ciência Viva e colaborou entusiasticamente com a Ciência Viva no Verão desde a primeira hora.
Dar a conhecer as espécies da costa portuguesa, sensibilizando o público para a sua preservação tem sido uma das suas bandeiras. Quando a Ciência Viva publicou um guia para o consumo sustentável de espécies marinhas, As espécies mais populares do mar de Portugal: Num restaurante perto de si , Zita deu um contributo inestimável para a sua produção e revisão científica.
Mais recentemente, Peixes de Portugal , um impressionante catálogo de divulgação científica com todas as espécies de peixes da costa portuguesa foi outra obra que respondeu ao crescente interesse pelo ambiente marinho, quer de cientistas, quer do público. É sobretudo um atlas ilustrado, que serve de guia científico, mas também de manual de iniciação para alunos e outros interessados.
No livro Estuário do Tejo: onde o rio encontra o mar dá a conhecer dimensões menos visíveis do estuário do rio Tejo, numa linguagem clara e acessível para sensibilizar os leitores para a sua defesa.
Outra importante faceta de Maria José Costa tem sido a sua luta pela promoção da igualdade e participação plena das mulheres cientistas em todos os aspetos da ciência. É uma das fundadoras da AMONET, Associação Portuguesa de Mulheres Cientistas, a que presidiu, sendo atualmente Vice-Presidente. E, em 2016, foi uma das 100 cientistas retratadas pela Ciência Viva no livro Mulheres na Ciência .
Em 2021, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior galardoou a investigadora com uma Medalha de Mérito Científico.
Nuno Ferrand
Diretor do CIBIO - Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos e do Laboratório Associado InBIO - Rede de Investigação em Biodiversidade e Biologia Evolutiva, é biólogo e professor catedrático na Universidade do Porto.
Estabeleceu os TwinLabs, uma rede de laboratórios colaborativos em países africanos, para promover a capacitação e formação avançada de recursos humanos em ciência e tecnologia e a transferência de conhecimento. A cátedra "Life on Land" foi atribuída pela UNESCO à Universidade do Porto em 2017 para coordenar a rede de TwinLabs. Nuno Ferrand dirige também o projeto europeu BIOPOLIS, associado ao maior financiamento alguma vez atribuído a um centro de investigação em Portugal.
A par com a investigação e a capacitação de quadros na área da ciência, a divulgação científica tem tido um lugar de destaque na sua atividade. Criou a série As Novas Viagens Philosophicas, apoiada no Concurso Media Ciência e exibida na RTP 1, mostrando a investigação realizada pelo CIBIO em diferentes continentes. Criou e foi diretor do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto onde, em parceria com a Ciência Viva, inaugurou a Galeria de Biodiversidade - Centro Ciência Viva, em junho de 2017.
Maria Amélia Martins - Loução
Bióloga, professora catedrática jubilada da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, investigadora do cE3c - Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Globais, e Presidente da Sociedade Portuguesa de Ecologia, tem-se destacado pela sua participação pública através da escrita de artigos de opinião sobre as ameaças à biodiversidade, no jornal Público.
Como cientista, aprofundou as estratégias do uso do azoto pelas plantas e o seu papel nas relações simbióticas planta-bactéria e planta-fungo. O papel do azoto no funcionamento dos ecossistemas e a sua relação com a biodiversidade têm sido temas recorrentes na sua investigação.
Foi Vice-Reitora da Universidade de Lisboa, Diretora do Jardim Botânico de Lisboa, Presidente da Direção do Museu Nacional de História Natural e Presidente do Departamento de Biologia Vegetal da Faculdade de Ciências. Já no topo da sua carreira decidiu voltar à universidade como aluna concluindo o Mestrado em Comunicação de Ciência. Foi uma das 100 "Mulheres na Ciência" fotografadas em 2016 pela Ciência Viva em homenagem às investigadoras portuguesas.
Alexandre Quintanilha
Figura pública respeitada no nosso país e em todo o mundo, encontramo-lo como orador convidado nas prestigiadas Gordon Research Conferences mas também em escolas, universidades e fóruns de debate em todo o país, partilhando com grande generosidade o seu conhecimento.
Alexandre Quintanilha doutorou-se em Física Teórica na Universidade de Witwatersrand, África do Sul, rumando de seguida à Universidade da Califórnia, em Berkeley, onde encontrou um ambiente de efervescência intelectual com o qual desde logo se identificou.
Em 1997 fundou o Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC), que se associou ao Instituto de Engenharia Biomédica (INEB), em 2000, para formar o Laboratório Associado IBMC.INEB que presidiu até 2010. Presidiu também à comissão de criação do maior consórcio de investigação nacional na área da saúde - o i3S - alinhando os esforços dos grandes laboratórios de saúde e investigação biomédica da Universidade do Porto, em particular o seu. Em 2015, e após se ter jubilado como docente e investigador, tornou-se deputado na Assembleia da República.
Rui Agostinho
Rui Agostinho, doutorado em Astronomia pela Universidade da Carolina do Norte Chapel Hill (EUA), é professor auxiliar no Departamento de Física da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, diretor do Observatório Astronómico de Lisboa, fundador e investigador do Centro de Astronomia e Astrofísica da UL, actualmente Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, fundador e sócio da Sociedade Portuguesa de Astronomia e da União Astronómica Internacional, membro da European Astronomical Society e da Sociedade Portuguesa de Física. Foi coordenador científico do projeto YALO, para utilização do telescópio de Yale no Observatório Inter-Americano de Cerro Tololo, no Chile. Rui Agostinho é responsável pela manutenção da Hora Legal no Observatório Astronómico de Lisboa e pelo serviço de distribuição da hora legal em Portugal. Desenvolveu módulos expositivos na Fundação Calouste Gulbenkian e no Museu de Ciência da Universidade de Lisboa, colaborou na revista Quo e é coautor do livro Vida: Origem e Evolução.
Teresa Lago
Maria Teresa Vaz Torrão Lago (Lisboa, 18 de Janeiro de 1947) é astrónoma portuguesa, professora catedrática reformada do Departamento de Física e Astronomia da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), fundadora e primeira diretora do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto (CAUP). Viveu em Angola, de 1948 a 1965 altura em que foi estudar para a Universidade do Porto. Tirou o bacharelato em Matemática e licenciou-se em Engenharia Geográfica (1971) na Universidade do Porto e nesse ano ingressou na carreira docente como assistente. Em 1974 partiu para Inglaterra com uma bolsa de estudo (INIC) para se especializar em Astronomia. Fez o mestrado em Astronomia (1975) e o doutoramento em Astronomia na Universidade de Sussex (1979). Regressou à Universidade do Porto como Professora Auxiliar na Faculdade de Ciências (1979). Entre 1980 e 1982 foi (em acumulação) Professora Convidada de Astronomia na Universidade de Coimbra. Concorreu a Professora Associada em 1985 na Universidade do Porto e fez a Agregação em 1988, também na Universidade do Porto. Passou a Professora Catedrática em 1989. Foi uma das 22 personalidades europeias escolhidas em 2005 para membro fundador do conselho científico do Conselho Europeu de Investigação (European Research Council), e coordenou o "ERC Gender Balance Working Group". Recebeu o prémio "Henri Chrétien", American Astronomical Society (1985).
Carlos Fiolhais
"Deve haver vida inteligente algures no Universo, na Terra está provado que não há". É este o sentido de humor que caracteriza Carlos Fiolhais, uma das raras exceções que confirmam a sua própria teoria. Físico e divulgador de ciência, é dono de uma cultura enciclopédica que lhe permite falar sobre qualquer assunto e torná-lo seu, tendo o condão de simplificar o mais árido dos temas científicos. A sua carreira de investigador e professor regeu-se sempre por duas grandes motivações: por um lado, o interesse pela pedagogia e ensino das ciências; por outro lado, a vontade de comunicar e partilhar o conhecimento e a cultura científica, dentro e fora da academia. Demorou 20 anos para se tornar cientista mas vai demorar uma eternidade para ser esquecida a sua obra. Fala de ciência com gosto na voz.
O mesmo que aguçou o apetite aos muitos jovens que leram o seu livro Física Divertida, responsável por ter influenciado vários a seguir o fascinante trilho da ciência. Dirige a prestigiada coleção "Ciência Aberta", da Gradiva, e é o diretor da primeira biblioteca pública inteiramente dedicada à disseminação científica para todas as idades, hoje RÓMULO — Centro Ciência Viva da Universidade de Coimbra.
Manuel Sobrinho Simões
Em 2015, a revista The Pathologist elegeu-o como o "patologista mais influente do mundo" por ter contribuído "mais do que qualquer outra pessoa, para a visibilidade da patologia na Europa". A carreira científica e académica de Manuel Sobrinho Simões é por todos bem conhecida.
Professor, médico e investigador dedica parte do seu tempo à promoção da cultura científica participando em palestras em escolas e em conferências e debates para o público em geral. O IPATIMUP criou em 1996 um gabinete dedicado à educação e cultura científicas, levando a ciência e divulgando temas ligados à saúde junto das escolas e do público em geral.
Destacamos o Laboratório Aberto, por onde passaram já mais de 30 000 crianças e jovens, e o Autolaboratório, que envolveu cerca de 6 000 alunos da região do Porto. Esta instituição foi ainda pioneira no acolhimento de jovens do ensino secundário para a realização de estágios com os seus investigadores durante o verão, uma iniciativa que a Ciência Viva organiza desde 1997 com a comunidade científica.
Manuel Paiva
"O estudo do sistema cardiorrespiratório em condições de imponderabilidade foi um dos focos das missões espaciais em que Manuel Paiva participou, como a Missão Neurolab. O Laboratório de Física Biomedica, de que foi diretor, participou na conceção e aplicação de um aparelho de análise da respiração dos astronautas. Este aparelho foi usado em inúmeras missões espaciais, por exemplo a de John Glenn, o primeiro astronauta americano em órbita, quando regressou ao espaço aos 77 anos de idade.
Nas suas vindas a Portugal, Manuel Paiva tornou-se uma presença regular nos Centros Ciência Viva, em particular no Pavilhão do Conhecimento, e nas escolas portuguesas. Sendo a Ciência Viva o ponto de contacto nacional da ESA para a educação desde 2013 — através da assinatura do contrato ESERO Portugal — Manuel Paiva tornou-se uma figura ainda mais presente na educação espacial. É Presidente do Júri do CanSat Portugal, competição para escolas na área da educação espacial, e Presidente do Conselho Científico do Centro Ciência Viva de Tavira, cidade onde reside quando está em Portugal. Embora jubilado desde 2008, continua ativo e incansável na escrita e na promoção da cultura cientifica.
Jorge Paiva
A enorme biodiversidade da sua terra natal, em Cambondo, Angola, terá sido um elemento determinante na paixão de Jorge Paiva pela Natureza, algo que tem guiado tanto a sua atividade de investigação científica como a de comunicador de ciência.° seu percurso pauta-se por uma enorme curiosidade em descobrir o mundo através da botânica, tendo participado em inúmeras expedições um pouco por todo o mundo. Para Jorge Paiva os verbos "investigar" e "ensinar" são indissociáveis: não gosta de manter o conhecimento só para si, e é conhecido entre os seus antigos alunos e todos quantos têm oportunidade de assistir às suas palestras - mais de 1 700 - como um orador claro e cativante. Curiosamente, Rómulo de Carvalho - personalidade inconfundível da comunicação de ciência em Portugal - foi seu professor de Química e marcou-o de forma indelével. Como reconhecimento do seu contributo de uma vida para a botânica, diversos investigadores e equipas de investigação têm-lhe prestado homenagem, dedicando-lhe o nome de novas espécies de plantas recém-descobertas. É o caso da Hyacinthoídes paivae, uma liliácea endémica da Península Ibérica, a Argyreía paivae, uma planta trepadeira de Timor, ou a Dendroceros paivae, uma planta de São Tomé e Príncipe semelhante a musgo.
Galopim de Carvalho
Há quem o identifique, carinhosamente, como "O Pai dos dinossauros". Tudo começou há mais de 40 anos, com a publicação de Briozoários do Terciário Português, mas foi a edição dos três volumes de Geologia, do conhecido Ano Propedêutico (1977-78), a que mais marcou a formação científica da geração que constitui hoje a comunidade científica em Portugal.
António Galopim de Carvalho tem mais de 300 títulos publicados, onde se destacam também obras literárias de ficção, desde O Cheiro da Madeira a Fora de Portas. Mas foi a Paleontologia dos Dinossáurios que terá feito deste investigador uma das figuras mais populares no panorama da divulgação científica em Portugal. Com um universo pessoal tão vasto quanto raro na história da divulgação de ciência em Portugal, teríamos de recuar a Rómulo de Carvalho para encontrar outro exemplo de uma fusão tão conseguida entre ciência, arte, cultura e educação.
Guilherme Valente e Editora Gradiva (coleção Ciência Aberta)
O Jogo dos Possíveis, de François Jacob, Prémio Nobel da Medicina de 1965, foi o primeiro título da coleção Ciência Aberta. Trinta anos depois, a Ciência Viva atribuiu à Gradiva e ao seu editor, Guilherme Valente, o primeiro Grande Prémio Ciência Viva Montepio pelo seu importante papel no campo da divulgação científica.
Guilherme Valente foi quem idealizou esta coleção "nascida" em junho de 1982 e da qual fazem parte nomes incontornáveis da ciência mundial como dois cientistas que descobriram a forma da dupla hélice do ADN. O físico teórico Richard Feynman, o biólogo Steve Jones, Benoït Vandelbrot, que desenvolveu a geometria dos fractais, ou o astrofísico Hubert Reeves são outros nomes que passaram a poder ser lidos em português. Na coleção também há obras de autores portugueses, como os físicos Carlos Fiolhais e João Magueijo.
PRÉMIO CIÊNCIA VIVA EDUCAÇÃO
Distingue um projeto de educação científica e promoção da cultura científica e tecnológica realizado em escolas portuguesas.
2023 Concurso Nacional Jovens Cientistas
2020 Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos (CNJM)
2015 Kit educativo Biogénius, liderado pelo investigador José Matos, INIAV
Concurso Nacional Jovens Cientistas
O Concurso Nacional Jovens Cientistas, organizado pela Fundação da Juventude desde 1992 – apenas três anos depois da criação da própria Fundação –, estimula o aparecimento de jovens talentos nas áreas científicas e seleciona os representantes nacionais para diversos concursos e mostras internacionais, tais como o European Union Contest for Young Scientists (EUCYS), organizado pela Comissão Europeia.
A Fundação da Juventude tem vindo a aumentar o número de prémios, através de parcerias com outras entidades públicas e privadas e com outras organizações internacionais congéneres. Neste sentido, para além da competição europeia, o Concurso Nacional de Jovens Cientistas seleciona atualmente projetos para participar nas principais feiras de ciência de todo o mundo, nomeadamente no Brasil, EUA, Itália, China, Suíça, entre outros, assumindo integralmente as respetivas despesas através de apoios e patrocínios angariados.
É um concurso para apresentação de projetos científicos, realizados por estudantes entre os 15 e os 20 anos, do ensino secundário e superior (1.º ano de licenciatura), nas áreas da Biologia, Ciências da Terra e do Ambiente, Física e Matemática, Ciências Sociais e Económicas, Engenharias e Tecnologias, Ciências da Saúde e Química. As equipas dos melhores projetos são convidadas a participar numa exposição interativa, a Mostra Nacional de Ciência, onde são escolhidos os vencedores do Concurso Nacional Jovens Cientistas e entregues outros prémios oferecidos por patrocinadores.
A Ciência Viva, criada em 1996, apoia esta iniciativa desde o início pela sua relevância e convergência com a sua missão e valores. Em particular, destacamos o contributo na seleção e acompanhamento de um júri de investigadores portugueses que avaliam os projetos e aconselham os estudantes sobre melhorias a fazer nos seus trabalhos.
Ao longo de 31 anos, já participaram no concurso milhares de jovens, alguns dos quais são atualmente cientistas de diferentes áreas, muitos de renome internacional, o que é um indicador do importante contributo que esta iniciativa tem dado à promoção de carreiras científicas.
Pedro Abreu
Professor no Departamento de Física do Instituto Superior Técnico, investigador no LIP - Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas e co-chair da Colaboração IPPOG – International Particle Physics Outreach Group desde 2020. Doutorou-se em Física no Instituto Superior Técnico e realizou a agregação em 2007. Trabalhou na experiência DELPHI do LEP/CERN até 2014, no Observatório Pierre Auger (na Argentina) desde 2006 e, mais recentemente, no projeto para um novo observatório de raios gama na América do Sul, o SWGO.
Coordena a divulgação científica no LIP, integrando o IPPOG – International Particle Physics Outreach Group desde a sua origem, em 2002. Foi nesse âmbito que participou na criação das Masterclasses Internacionais em Física de Partículas, que contam em Portugal com a adesão de 1700 alunos por ano em 14 locais do país. Outro importante programa na área da educação é a Escola de Professores no CERN em Língua Portuguesa, curso acreditado de formação de professores por onde já passaram, em 14 edições, 771 professores da CPLP, dos quais 448 portugueses.
Ocean Alive
Raquel Gaspar é bióloga marinha e o seu trabalho de investigação sobre os golfinhos do estuário do rio Sado levou-a a fundar com outros quatro elementos a cooperativa de educação e proteção marinha Ocean Alive, em 2015. A atividade desta ONG tem sido centrada na preservação das pradarias marinhas que capturam carbono e servem de berçário para as presas dos golfinhos, contribuindo simultaneamente para a cultura científica das comunidades locais.
Através do programa “Guardiãs do Mar” da Ocean Alive, mulheres pescadoras do Estuário do Sado realizam campanhas de sensibilização, transformando-se em educadoras e ajudantes dos investigadores que trabalham no mapeamento e conservação das pradarias marinhas. Por este projeto Raquel Gaspar recebeu da National Geographic Society uma bolsa para iniciar o mapeamento das pradarias marinhas do estuário do Sado. A Ocean Alive desenvolve ainda projetos de reflorestação marinha envolvendo a comunidade, cientistas e decisores.
Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos
O Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos (CNJM) é organizado conjuntamente pela Associação Ludus, a Sociedade Portuguesa de Matemática e a Associação de Professores de Matemática, que assumem rotativamente a sua coordenação. Esta iniciativa teve início em 2004 e resultou da iniciativa de um grupo de investigadores e professores de Matemática, liderado por Jorge Nuno Silva, investigador do Centro Interuniversitário para a História da Ciência e da Tecnologia. A prática de jogos matemáticos é um instrumento para promover de forma lúdica a concentração e o raciocínio lógicos, essenciais para a aprendizagem da Matemática. A final do CNJM envolve todos os anos cerca de 2000 participantes, entre alunos com idades entre os 6 e os 18 anos, professores acompanhantes e elementos da organização. No entanto, o número de jovens envolvidos no projeto é muito superior, uma vez que a preparação para a participação na final envolve a realização de eliminatórias nas escolas, abrangendo milhares de jovens em todo o país. O projeto promove também a inclusão social, integrando uma categoria para alunos cegos e amblíopes, para a qual foram criados jogos de tabuleiro especialmente adaptados. 75
Paulo Sanches
Formado em Química na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, ensina Física e Química no Agrupamento de Escolas de Moimenta da Beira, sendo também formador certificado pelo Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua. Em 1999 fundou o Clube das Ciências da sua escola, onde desenvolve atividades de Astronomia, Holografia e Robótica. Coordena também o projeto Eureka Júnior que ajudou a criar em 2009 para todos os alunos do Pré-Escolar e 1.° Ciclo do agrupamento de escolas a que pertence. Paulo Sanches tem tido uma participação assídua em projetos Ciência Viva e participou com quatro alunos do 3.° Ciclo no Ciência 2019, apresentando o trabalho vencedor do concurso Eddington e o peso da luz. Tem participado em programas internacionais de formação de professores, como o Portuguese Teachers Program do CERN, destacando-se, em 2010, a representação de Portugal no International Space Camp da NASA, com dois alunos do Clube das Ciências. Tem desenvolvido um trabalho notável de divulgação da astronomia, coordenando ações Ciência Viva no Verão, organizando o Ciclo de Conferências Ciência & Astronomia e criando um Sistema Solar à escala do concelho de Moimenta da Beira. A Concentração de Telescópios, que organiza desde 2009, tem contribuído para dinamizar a região, reunindo todos os anos centenas de pessoas naquela localidade.
Filipe Ressureição
É professor de biologia do ensino secundário e investigador convidado do Instituto Superior de Agronomia, onde integra o grupo de Epigenética. Nas últimas duas décadas, Filipe Ressurreição tem-se dedicado ao desenvolvimento e validação de metodologias que permitam introduzir inovação, novação no ensino experimental das ciências ao nivel do ensino básico e secundário. Em 2004 implementou no Agrupamento de Escolas de Arouca a "Oficina da Ciência", espaço onde alunos e professores fazem investigação exaustiva, redação e divulgação de artigos científicos, muitas vezes sobre problemas locais, como a monitorização de metais pesados nas águas do concelho, outras vezes sobre questões ainda mais ambiciosas, como as potenciais mutações introduzidas pelas radiofrequências dos telemóveis. O Prémio Ciência Viva Montepio Educação distinguiu-o pela criação deste projeto e pelos modelos inovadores de ensino e aprendizagem das ciências aí implementados, traduzindo-se num programa multidisciplinar de iniciação à investigação científica e à promoção do contacto da comunidade escolar com cientistas.
Isabel P. Martins
Isabel P. Martins teve um papel fundamental na mudança de paradigma do ensino das ciências em Portugal, com o reconhecimento da necessidade de incluir práticas laboratoriais e investigativas em todo o percurso educativo das crianças. O Prémio Ciência Viva Montepio Educação 2017 foi atribuído pela sua carreira como investigadora e professora na área das ciências da educação, tendo produzido conhecimento, recursos educativos e formado equipas que permitiram essa mudança. Reconhecendo o longo caminho que ainda há a percorrer para que todas as crianças possam ter acesso a uma educação em ciências de qualidade, o trabalho realizado por Isabel P. Martins tem sido essencial para fundamentar essa mudança de paradigma. Foi também uma escolha natural para integrar o livro Mulheres na Ciência, uma homenagem que, em 2016, a Ciência Viva prestou a 100 mulheres investigadoras portuguesas.
Projeto projeto GuIA - Ciência, liderado pela Prof. Ana Mafalda Lapa, Agrupamento de Escolas da Cidadela, Cascais
O GulA - Ciência é um projeto de combate ao abandono escolar através da cultura científica, criado pela professora Ana Mafalda Lapa no Agrupamento de Escolas da Cidadela, Cascais.
Os alunos identificados como estando em risco de abandono escolar recebem apoio personalizado e são acompanhados por professores tutores. Participam ainda em atividades e projetos de divulgação de ciência, nacionais e internacionais, sendo estimulados a desenvolver o seu espírito crítico, criatividade e a trabalhar em equipa.
O abandono escolar neste agrupamento passou de 17,7% para 5,8%, tendo o Ministério da Educação reconhecido este projeto com a atribuição de 30 horas de créditos letivos.
Kit educativo Biogénius, liderado pelo investigador José Matos, INIAV
Para além de investigador e professor universitário, José Matos realizou trabalho continuado com professores e alunos, organizou iniciativas que deram acesso aos nossos jovens a competições internacionais na área da biologia, como as Olimpíadas da Biologia, e é por isso um exemplo paradigmático de colaboração entre as comunidades científica e educativa na melhoria do ensino das ciências em Portugal. O Kit Biogénius é um recurso educativo que constitui o núcleo de um programa de educação científica e de formação de professores para o ensino da biologia molecular no 12° ano de escolaridade. Fornece aos professores e alunos desta disciplina ferramentas simples para aplicar técnicas complexas de genética molecular em qualquer sala de aula sem requisitos específicos para o trabalho laboratorial. O Kit constitui o elemento central de um projeto mais vasto, de formação de professores creditada pela Ordem dos Biólogos, e de comunicação científica nas áreas das ciências da vida e da biotecnologia.
projeto Mira com Ciência , Associação de Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento de Escolas do Concelho de Mira
O projeto decorreu durante aproximadamente dois anos, entre dezembro de 2012 e setembro de 2014, e teve como objetivo dar a conhecer à população escolar várias vertentes das áreas das ciências e da tecnologia, numa perspetiva de orientação profissional e investigativa de prosseguimento de estudos escolhendo o caminho da ciência.
O seu principal intuito foi o de sensibilizar os alunos para questões das ciências com as quais lidam no seu dia a dia. Uma das mais-valias deste projeto é a promoção da ciência desde o ensino básico: a sua ação começou no 1° ciclo, tendo-se alargado ao 2° e 3° ciclos. Envolveu professores titulares, professores de atividades de enriquecimento curricular, professores de biologia, físico-química e outras ciências. Além disto, durante os dois anos de duração oficial do projeto, a comunidade foi preparada para a continuidade das atividades propostas através da mobilização dos professores.
Arsénio Pato de Carvalho
É preciso ir ao Portugal rural, profundo, para encontrar um caso exemplar de educação para a ciência e a cidadania no nosso país. A terra é Mamarrosa, uma freguesia de Oliveira do Bairro. Foi aqui que se instalou, em 2005, o Instituto de Educação e Cidadania, com uma capacidade invulgar de mobilização de instituições científicas e universidades, para o serviço das populações numa zona rural com poucas possibilidades de acesso ao tipo de atividades desenvolvidas neste instituto. Uma instituição que se dedica particularmente ao ensino das ciências experimentais, nas escolas.
Esta capacidade de transferência de conhecimentos do ensino superior para escolas situadas em zonas rurais revela-se assim fundamental para a igualdade de oportunidades no acesso à educação em Portugal.
PRÉMIO CIÊNCIA VIVA MEDIA
Distingue um trabalho de mérito excepcional na divulgação da ciência e da tecnologia num órgão de comunicação social português.
2020 2 Minutos para Mudar de Vida
2014 Secção Desafios , Jornal Público (25 anos)
2013 Programa Isto é Matemática, Sociedade Portuguesa de Matemática
Miguel Gonçalves
Miguel Gonçalves apresenta, desde 2011, “A Última Fronteira”, inserida no programa “Bom Dia Portugal” e exibida na RTP1, RTP3 e RTP Internacional. Esta rubrica semanal divulga acontecimentos marcantes da área do Espaço e distingue-se pela participação ativa do público, que é regularmente desafiado a participar – por exemplo, com imagens astronómicas.
A paixão pelo Espaço e pela sua divulgação começou muito cedo. Com 16 anos, na Escola Secundária Amato Lusitano, em Castelo Branco, organizou a sua primeira sessão de divulgação científica. Mais tarde, enquanto estudava Astronomia no curso de Física/Matemática Aplicada da Universidade do Porto, continuou a afirmar-se como comunicador de ciência nesta área, tendo sido monitor do planetário portátil do Planetário do Porto.
Em 1997, tornou-se coordenador nacional da The Planetary Society , agência espacial internacional não governamental – cargo que ocupou até 2019. Miguel Gonçalves foi cofundador do Grupo de Informação e Recreação Astronómica (GIRA) e colaborou ativamente na “Astronomia no Verão”, organizada pela Ciência Viva. Tem colaborado com diferentes entidades na coordenação e promoção de atividades para o público sobre as ciências do Espaço, como por exemplo o Centro de Astrofísica da Universidade do Porto, universidades para seniores e a Livraria Almedina.
Miguel Gonçalves tem uma presença regular nos media, sendo comentador de astronomia e exploração espacial do “Jornal 2” (RTP2), do “24 Horas” (RTP3), foi autor de uma coluna regular no jornal i e é cronista da revista JN História .
Desde fevereiro de 2020, Miguel Gonçalves é membro do Conselho Consultivo do Instituto Geofísico da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. Em 2022, viu premiado um artigo sobre educação científica e exploração comercial do Espaço num concurso da Agência Espacial Europeia, durante o "World Space Congress", em Houston, nos Estados Unidos.
Menos conhecida é a sua faceta empresarial. Miguel Gonçalves criou uma empresa que encarou com muita criatividade a sensibilização do público para a astronomia: a NEO Skytale, uma marca de joias com meteoritos chegados à Terra da cintura de asteroides entre Marte e Júpiter.
Minuto Verde
Da autoria da Quercus, o Minuto Verde é uma rubrica semanal da RTP1 que apresenta aos cidadãos conselhos práticos para melhorar o meio ambiente. É emitida desde 2006 nos dias úteis às 08.00, 09.00 e 10.00 no programa “Bom Dia, Portugal”.
O programa esteve na base do livro de educação ambiental “Minuto Verde”, com 200 conselhos práticos para reduzir o impacte ambiental das nossas escolhas e incentivar um estilo de vida orientado para a defesa do planeta. O projeto-piloto “O Minuto Verde vai à Escola” envolve ativamente a comunidade escolar de seis escolas dos distritos de Lisboa e Portalegre na elaboração de conteúdos audiovisuais sobre temáticas ambientais, inspirados no formato da rubrica de televisão.
A Quercus é uma organização não-governamental (ONG) sem fins lucrativos formada por cidadãos com o objetivo comum de conservar a Natureza, preservar os recursos naturais e defender o Ambiente, numa perspetiva de desenvolvimento sustentável.
Admirável Mundo Novo
"Admirável Mundo Novo" é uma série da SIC dedicada a descodificar e tornar acessível a um público generalista o conhecimento gerado nas várias áreas da ciência. No final de cada ano, a SIC convida investigadores portugueses a eleger o mais relevante ou empolgante acontecimento científico da última volta ao Sol, na sua área de investigação.
Ao longo de 18 episódios, cientistas como Maria do Carmo Fonseca, Vítor Cardoso, Henrique Veiga Fernandes, Zita Martins, Nuno Maulide, Bruno Silva-Santos, Mónica Bettencourt-Dias, Carlos Fiolhais, Rui L. Reis, Joana Gonçalves de Sá ou Arlindo Oliveira têm contribuído para demonstrar que o conhecimento é a resposta para os nossos problemas e desafios. Miriam Alves (jornalista), Rogério Esteves e Paulo Cepa (repórteres de imagem), Tiago Martins (editor de imagem) e Sérgio Maduro (grafismo) são a equipa criadora deste "Admirável Mundo Novo".
2 Minutos para Mudar de Vida
“Porque há perguntas que não devem ficar sem respostas” é o lema deste projeto da autoria da Unidade de Prevenção de Cancro do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP) e do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (I3S), em parceria com a Fundação Belmiro de Azevedo.
2’ Minutos para Mudar de Vida é uma campanha de educação para a saúde que promove a mudança de comportamentos individuais para a prevenção do cancro e outras doenças não-transmissíveis. Dirigida especialmente a famílias, foi a primeira série de ficção sobre esta temática em Portugal. Os episódios abordam temas como a alimentação, o consumo de álcool e de tabaco, o exercício físico e a realização de exames de rastreio, num registo rigoroso mas informal e pautado pelo humor. O programa teve uma presença diária na RTP1 e está também disponível na web, em plataformas mobile e nas redes sociais, com conteúdos exclusivos e interativos. A atribuição do Prémio Ciência Viva Media reconhece o mérito excecional deste projeto e das instituições envolvidas na sua conceção para a divulgação científica e tecnológica em órgãos de comunicação social portugueses. 75
Falar Global
Há 15 anos "no ar", Falar Global é o programa mais antigo de ciência e tecnologia da televisão portuguesa. Semana a semana, este magazine revela ao grande público a mais recente investigação nacional e internacional nas várias áreas do conhecimento. Em formato de reportagem ou entrevista, uma equipa de jovens jornalistas especializados dá a conhecer os rostos da ciência e mostra o impacto da sua investigação no dia-a-dia dos cidadãos, numa abordagem rigorosa, dinâmica, informativa e esclarecedora.
Apresentado pelo professor universitário e investigador da área das ciências da informação, Reginaldo Rodrigues de Almeida, Falar Global tem sido ao longo dos anos um programa de referência na divulgação de ciência e tecnologia em Portugal, fazendo a cobertura jornalística dos principais eventos dedicados a esta temática. Com estreia na SIC Notícias, onde permaneceu durante nove anos, este magazine faz parte atualmente da grelha da Correio da Manhã TV, sendo líder de audiências no horário em que é emitido e visto mensalmente por cerca de meio milhão de telespectadores. Além da transmissão na CMTV, Falar Global tem conteúdos disseminados nas páginas online do Jornal de Negócios, da Revista Sábado e do Jornal Record.
Edgar Canelas
Natural do Algarve, foi enquanto estudante que Edgar Canelas descobriu a vocação da rádio, colaborando ativamente na Rádio da Universidade de Coimbra. São da sua autoria os programas "Alma Lusa", "Vozes da Lusofonia", "Passeio Público" e "Os Dias do Futuro", este último focado nas áreas da ciência e da inovação, nos projetos de desenvolvimento e nos investigadores. No ar há 11 anos, pelos seus microfones já passaram mais de 800 investigadores, homens e mulheres da ciência de diferentes áreas. Os nomes mais reputados da comunidade científica portuguesa, mas também jovens investigadores distinguidos com prémios internacionais que estimularam o seu início de carreira. Numa das edições de "Os Dias do Futuro", os ouvintes ficaram a saber que há resíduos de anti-inflamatórios e antibióticos no estuário do Tejo e noutra conheceram o grupo de estudantes portugueses que viajou até à Antártida no âmbito do Ano Polar Internacional. Seja num Centro Ciência Viva, na Casa da Música ou na Serra de Monchique para, debaixo de um céu estrelado, entrevistar os astrónomos e o público que participaram no Astrofóia, onde está a ciência, está Edgar Canelas.
Filomena Naves e Teresa Firmino, jornalistas do jornal Diário de Notícias e do jornal Público, respetivamente.
Não são cientistas mas dão voz à ciência que se faz em Portugal e no mundo. Teresa Firmino é editora da secção de ciência do Jornal Público. Em 2008, passou pelo MIT com a prestigiada bolsa Knight para jornalistas de ciência. Filomena Naves estudou psicologia e trabalha há mais de 25 anos no Diário de Notícias, onde tem seguido com regularidade as áreas das ciências e tecnologias espaciais. Juntas editaram três livros de divulgação científica sobre temas de grande atualidade, escritas na linguagem acessível mas rigorosa a que nos habituaram nas suas peças jornalísticas: Portugal a Quente e Frio (2009), o primeiro livro dedicado às alterações climáticas em Portugal; Por que Choramos quando Cortamos uma Cebola? E mais 129 perguntas para pessoas curiosas sobre ciência (2012); e Por que é que as Bailarinas Não Ficam com a Cabeça a Andar à Roda?...E outras 59 perguntas sobre o cérebro e o seu funcionamento (2017).
Secção Qualidade Devida, da autoria de Luísa Schmidt (Instituto de Ciências Sociais), publicada semanalmente no jornal Expresso
A secção Qualidade Devida, da autoria da socióloga Luísa Schmidt, é publicada semanalmente no Semanário Expresso. Esta investigadora do Instituto de Ciências Sociais sempre aliou a investigação à promoção da cultura científica e à sensibilização das populações para as políticas públicas na área do ambiente. São já três décadas de participação pública pela cultura científica e ambiental, intervindo sobre temas que continuam hoje na ordem do dia.
Para além da sua colaboraçãoem projetos de educação e cultura científica, Luísa Schmidt participa regularmente em colóquios e debates públicos em centros de ciência, museus e escolas.
A publicação de obras em linguagem clara e acessível e as intervenções na comunicação social permitem-lhe ainda promover a cultura científica e a cidadania ambiental junto de um público muito alargado, como é o caso da coluna que assina no semanário Expresso.
projeto UACiência , uma parceria entre a Universidade dos Açores, a Revista Açores Magazine (suplemento do jornal Açoriano Oriental) e a Rádio Comercial Açores/Açores TSF
O projeto UAciência é uma iniciativa da Universidade dos Açores e tem como missão divulgar junto da sociedade açoriana a ciência que se produz nesta instituição de ensino superior através da imprensa escrita e radiofónica. Tem tido uma presença ininterrupta, quinzenal, na Revista Açores Magazine, distribuída com o Açoriano Oriental, o jornal diário mais antigo do país, através de uma rubrica de comunicação de ciência assegurada por diferentes autores, com reportagens e ilustrações fotográficas que representam um esforço continuado de produção e edição de conteúdos científicos. Há depois um trabalho de adequação desses conteúdos a um público não especializado, de acordo com critérios de comunicação de ciência que se têm revelado particularmente eficazes.
Em janeiro de 2015, iniciou-se um programa na Rádio Comercial Açores/AçoresTSF com a mesma designação da rubrica escrita - UAciência. É conduzido pela jornalista Ana Melo e pelo professor universitário Armindo Rodrigues e em cada edição há sempre um cientista convidado.
Secção Desafios , Jornal Público (25 anos)
A secção "Desafios" do Jornal Público é uma secção de jogos matemáticos (ou de matemática recreativa, como também é chamada) que propõe aos leitores a resolução de problemas para a qual não é necessária qualquer formação específica em matemática mas apenas um espírito lógico e alguma perseverança. Todas as semanas é proposto um problema novo e é apresentada a solução do problema anterior.
A publicação dos "Desafios" teve início logo com o lançamento do Jornal Público, em março de 1990, o que faz dela uma das mais antigas secções da imprensa portuguesa. A secção teve inicialmente como autores os matemáticos Eduardo Veloso e José Paulo Viana e como ilustradora Cristina Sampaio, cujo traço característico se tornou a sua imagem de marca. Eduardo Veloso viria mais tarde a abandonar o projeto, devido a outros compromissos, e a secção manteve-se sob a autoria dos dois restantes autores.
Programa Isto é Matemática, Sociedade Portuguesa de Matemática
Os mitos criam-se e depois esquecem-se ou... destroem-se. Para acabar com o mito de que a matemática é difícil de compreender, o professor universitário Rogério Martins mostra-nos a matemática no quotidiano, para além dos números e das equações. De forma simples, acessível, casual e bem-disposta, a matemática chega até nós através de ideias e padrões nas coisas do dia-a-dia.
E mesmo que nunca tivesse dado conta antes... Isto é Matemática, nome do programa apresentado pelo próprio e emitido pela SIC Notícias ao longo de sete séries, com uma média de quase 25 000 telespetadores por emissão. Rigor científico, qualidade mediática, inovação, capacidade de produção e forte impacto público foram os atributos que justificaram a escolha deste programa para o Prémio Ciência Viva Montepio Media 2013.
PRÉMIO CIÊNCIA VIVA PUBLICIDADE
Distingue um trabalho de mérito excepcional na divulgação da ciência e da tecnologia através de uma ação publicitária.
Prémio Móvel da Literatura
O “Prémio móvel da literatura” está inserido na campanha “A vida é desarrumada. E ainda bem” da IKEA, com assinatura da agência criativa UZINA, representada por Susana Albuquerque, e do Marketing da IKEA Portugal, dirigido por Mónica Nogueira de Sousa. A campanha promove a cultura tecnológica e reforça as habilitações técnicas através de instruções “faça você mesmo". Este conceito, no cerne da identidade da empresa, promove uma abordagem prática e autónoma à montagem de móveis através de instruções intuitivas, acessíveis e inclusivas.
Os esforços da IKEA para democratizar o design, a tecnologia e o "faça você mesmo", combinados com o compromisso de sustentabilidade, transformam os produtos da empresa sueca em ferramentas de aprendizagem que estimulam a curiosidade, a criatividade e promovem o acesso à inovação tecnológica. Através da integração de soluções tecnológicas nos seus produtos, como o uso de realidade virtual no planeamento de interiores, a IKEA demonstra um compromisso na promoção do conhecimento tecnológico entre os seus clientes.
A Ciência Viva lança aqui o repto para que em 2024 haja também vencedores do Prémio Móvel da Física e da Química.
Izidoro e O Escritório
A fumagem tradicional dos produtos da charcutaria Izidoro é o elemento central da campanha publicitária da marca, assinada pela agência criativa O Escritório, liderada por Nuno Jerónimo e Tiago Canas Mendes. Uma campanha que num registo bem-humorado faz uso da bioquímica para explicar aos consumidores uma particularidade distintiva dos fiambres fatiados forno a lenha Izidoro.
Apesar do cliente acabar por preferir, como se pretende, o fiambre produzido de forma tradicional, a descrição do processo usado pela concorrência traz a público vocabulário e processos científicos que ajudam a familiarizar os cidadãos com a ciência.
A campanha marcou presença em televisão, rede nacional de mupis, canais digitais e pontos de venda.
* Em 2012 foi atribuido apenas o Grande Prémio Ciência Viva. Os restantes prémios foram instituidos a partir de 2013.