Ciência Viva no Laboratório 2025

Programa em atualização

Listagem de Estágios

Da planta ao medicamento: como podem as plantas contribuir para produzirmos novos medicamentos?

ID: 7758

Instituição: Instituto de Investigação Clínica e Biomédica de Coimbra (iCBR) da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra

Localização: COIMBRA , COIMBRA
Responsável: Célia Margarida dos Santos Cabral
Nº de vagas: 2
Anos: 11º, 12º
Área: Biologia, Ciências da Saúde
Data: de 07-07-2025 a 11-07-2025 Horário: Manhã + Tarde

Descrição: Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) estima-se que 65-80% da população mundial dependa das plantas medicinais no que se refere à atenção primária em saúde, e uma grande parte tem inclusive nas plantas a única fonte de medicamentos. Estes dados comprovam que as plantas medicinais constituem uma enorme fonte de moléculas potencialmente bioativas. Prova disso também é a percentagem considerável de medicamentos que exigem prescrição médica e que têm na sua constituição moléculas derivadas de plantas. São enumeradas apenas a título de exemplo, alguns princípios ativos bem conhecidos derivados de plantas: morfina (analgésico isolado em 1816 da Papaver somniferum L.)_ quinina (antimalárico isolado em 1820 da Cinchona pubescens Vahl e da Cinchona calisaysa Wedd.)_ colquicina (antigotoso isolado em 1820 do Colchicum autumnale L.)_ atropina (midriático isolado em 1831 da Atropa belladonna L.)_ efedrina (broncodilatador e descongestionante isolado em 1887 de espécies do género Ephedra L.)_ vincristina e vimblastina (citostáticos isolados nos anos 50 do séc. XX do Catharanthus roseus (L.) G. Don)_ galantamina (inibidor da acetilcolinesterase, usado na doença de Alzheimer isolado em 1952 do Galanthus woronowii Losinsk.) e paclitaxel (citostático isolado em 1971 do Taxus brevifolia Nutt.).

Todavia, há um longo caminho desde que se identifica uma planta com propriedades medicinais, até se caraterizar quais os constituintes que têm potencial terapêutico, e até efetivamente se poder produzir e comercializar um medicamento, mas essa investigação é fundamental para se conseguirem obter novos constituintes mais efetivos e com menor número de efeitos secundários. Os estudos farmacognósicos que ligam o passado e o presente das plantas com interesse medicinal são de grande relevância, uma vez que constituem uma articulação importante entre a história da farmácia e da medicina e o atual interesse na identificação e validação de novos compostos naturais bioativos.
O estágio “Da planta ao medicamento: Como podem as plantas contribuir para produzirmos novos medicamentos?” mostra a linha condutora desde a planta e dos seus usos na medicina tradicional, passando pela identificação dos seus compostos bioativos com comprovada segurança e eficácia, entendendo os seus mecanismos de ação, com o objetivo da sua possível incorporação em formulações, desenvolvendo assim soluções de saúde baseadas em plantas, com fins farmacêuticos, cosméticos e alimentares (nutracêuticos).

Observações: Cada aluno terá possibilidade de acompanhar a obtenção de extratos de plantas, bem como vários ensaios in vitro (usando células) para avaliar o seu potencial terapêutico.

Alojamento: Este estágio não disponibiliza alojamento para alunos deslocados

Almoços: Este estágio disponibiliza almoços

1º Dia de Estágio

Local de encontro: iCBR, Faculdade de Medicina, Universidade de Coimbra, Pólo 3, Azinhaga de Santa Comba, Coimbra
Hora: 09:00

Estágio Esgotado