Neste Natal não queremos rã na panela!

 

É inegável o efeito das alterações climáticas na Terra. A temperatura sobe, as calotas polares derretem, o oceano aquece e expande, os incêndios e tempestades aumentam de intensidade. Um pouco por todo o Mundo fazem-se sentir as várias consequências que afetam diferentemente um e outro ponto do globo. Como uma rã que nada tranquilamente numa panela em aquecimento, a humanidade dá umas braçadas num tacho planetário cada vez mais quente.

Este ano, a Conferência de Natal Ciência Viva convida o biólogo marinho João Correia a mergulhar no palco do Teatro Nacional D. Maria II para desvendar o que acontece quando a temperatura sobe e como poderemos baixar este imenso lume em que estamos.

As conferências de Natal Ciência Viva são organizadas em parceria com instituições científicas de referência, nacionais e estrangeiras. São inspiradas nas Christmas Lectures do Royal Institution de Londres, criadas em 1825 por Michael Faraday, e destinam-se a públicos de todas as idades.

 

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João Correia

Biografia

João Correia é doutorado em pesca comercial de tubarões e raias em Portugal, pela Universidade de Aveiro, tese que lhe garantiu o Prémio do Mar Rei D. Carlos em 2009. Durante os 25 anos de carreira trabalhou no Jardim Zoológico de Lisboa, foi investigador do Instituto Português de Investigação Marítima, tornou-se responsável pela captura e aquisição de todos os animais do Oceanário de Lisboa e, pelo caminho, ainda encontrou forma de abrir um negócio de venda de lingerie e testar os seus talentos no stand-up.

Desde 2005 que leciona várias disciplinas na área da biologia marinha na Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar, em Peniche, e em 2006 fundou a Flying Sharks, primeira empresa portuguesa e uma das poucas no mundo que captura e transporta organismos marinhos para o mundo inteiro (para aquários e zoos).

O seu curriculum académico conta com mais de uma centena de publicações, capítulos de livros e comunicações científicas em congressos internacionais, incluindo dois prémios ‘Best Presentation’ em 2012 (Chicago) e 2013 (Bristol). É autor de três volumes do livro “Sex, Sharks and Rock & Roll” (EN) e do livro “Tubarões Voadores” (PT). Comunicador nato, com três TEDx no curriculum, já proferiu mais de uma centena de palestras sobre biologia e conservação de tubarões, para além da mais recente “Tubarões Voadores, Melgas e Rock & Roll”, inspirada no seu percurso profissional e de cariz tão motivacional quanto inspirador.

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Como tem variado a concentração de CO 2 ao longo das últimas décadas?

A concentração de CO 2 na atmosfera é hoje bastante superior a qualquer outro momento dos últimos 800 000 anos. Para alcançarmos uma concentração semelhante à que temos presentemente seria necessário recuarmos 3 milhões de anos, até ao Período Quente do Pliocénico Médio. Neste período, as temperaturas eram cerca de 2 o C a 3 o C mais elevadas do que na época pré-industrial e o nível médio do mar estava 15 a 25 m superior aos níveis atuais. A principal razão para este vertiginoso aumento da concentração de CO 2 é a queima de combustíveis fósseis.

Está um clima estranho entre nós

Créditos: David Usher e Dr. Damon Matthews da Universidade Concordia

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