A pele, em particular, é um dos maiores órgãos do corpo humano servindo de barreira de proteção contra o meio externo. No entanto, a pele é muitas vezes alvo de lesões que resultam em feridas muito difíceis de tratar, como por exemplo as úlceras diabéticas ou queimaduras extensas. Frequentemente, estas feridas acabam por se tornar crónicas, visto que não conseguem cicatrizar como consequência de um ambiente inflamatório intenso e de infeções microbiológicas. Nestes casos, é de extrema importância desenvolverem-se terapias que promovam a regeneração da pele e o tratamento da ferida. Assim, as células estaminais podem ajudar na reconstrução do tecido lesado de duas formas: 1) sendo elas os blocos de construção da pele, visto poderem originar células da pele, ou 2) serem produtoras de mensagens (pequenas vesículas) que vão induzir a regeneração da pele. Mas será que as células estaminais podem ajudar apenas no tratamento de feridas? E se quisermos somente inverter o processo de envelhecimento da pele? Estaremos a falar no promissor elixir da juventude? Ficarão a sabe-lo nesta palestra.
Instituição: FF/Universidade de Lisboa
Investigador(a): Sérgio Camões
Data:
12-10-2022 12:00 Inscrições Encerradas
Para que um novo medicamento possa ser utilizado, este tem de ser primeiramente submetido a vários testes que garantam a sua eficácia e segurança. Estes testes são feitos inicialmente em ensaios pré-clínicos em laboratório (modelos celulares e modelos animais), e apenas quando os medicamentos demonstram ser eficazes e não tóxicos nesta fase é que podem passar para os ensaios clínicos em humanos. Sabias que, durante todo este processo, uma grande percentagem dos novos medicamentos ficam pelo caminho?
Pois é verdade, se não conseguíssemos “imitar” o que o medicamento faz ao teu organismo sem tu teres de o tomar nunca conseguiríamos saber se era bom ou não! Aqui, as células estaminais dão uma grande ajuda pois constituem um bom modelo celular para estes testes em laboratório. Estas células têm a capacidade de se multiplicar e ainda diferenciar nos vários tipos de células do nosso organismo. Podem ainda simular uma doença do dador e diminuir o uso de testes em animais. Assim, conseguimos não só prever se o medicamento nos poderá fazer mal como também perceber se trata ou não uma doença específica, tudo a partir destas células!
Queres saber mais? Vem assistir à palestra!
Instituição: FF/Universidade de Lisboa
Investigador(a): Ana Serras
Data:
13-10-2022 15:30 Inscrições Encerradas
A atividade pretende elucidar e esclarecer os estudantes, de uma forma interativa e informal, quanto aos aspetos relacionados com a plasticidade neural a partir de células estaminais presentes no cérebro adulto. Ao longo dos últimos anos, a investigação nesta área tem sofrido grandes progressos e estudos recentes têm revelado que as estas células são decisivas, ao longo da vida, para assegurar processos de memória e aprendizagem, mas também atenuar as respostas ao stress e inclusivamente o comportamento depressivo. Curiosamente, existe uma forte influência da dieta, do microbioma intestinal e do exercício físico na regeneração neural mediada pelas células estaminais neurais.
Pretende-se também dar a conhecer o potencial e utilidade destas células estaminais como modelo de estudo de doenças neurológicas e de tratamento mais personalizado.
Instituição: FF/Universidade de Lisboa
Investigador(a): Susana Solá
Data:
12-10-2022 10:00 Inscrições Encerradas
Nesta palestra vamos falar da possibilidade de ter “miniaturas” de órgãos humanos (órgãos-em-chip) no laboratório e qual o seu potencial.
As células estaminais humanas são células que têm a capacidade se dividir múltiplas vezes e de dar origem aos diversos tipos de células que existem no corpo humano, através de um processo chamado “diferenciação”. Estas características fazem com que estas células possam ser utilizadas para desenvolver modelos celulares em laboratório, que “imitem” órgãos humanos com potencial aplicação no desenvolvimento de novos medicamentos ou até para o estudo de doenças.
Mas como é que desenvolvemos modelos no laboratório que “imitem” órgãos humanos? O que são órgãos-em-chip? Os chips são dispositivos do tamanho de uma moeda de 50 cêntimos e fabricados através das mesmas técnicas de fabrico de chips de computadores e telemóveis. Neste caso, podem ser usados para cultivar as células estaminais em laboratório. Permitem que se definam fluxos de nutrientes e oxigénio específicos de modo a reproduzir o movimento do sangue e as funções dos órgãos no corpo humano. Assim, estes dispositivos podem ser usados para diferenciar células estaminais de forma a representar, em laboratório, um único órgão, ou vários órgãos combinados entre si, ou até todo o organismo humano. Desta forma, com esta tecnologia podemos estudar o efeito de um novo medicamento nos órgãos-alvo e não-alvo, tal como acontece no corpo humano, sem que se recorra a ensaios com animais. Os órgãos-em-chip são assim uma tecnologia inovadora cujo uso poderá ajudar no desenvolvimento de novos medicamentos, reduzindo a necessidade de modelos animais, mas continuando a garantir a sua segurança.
Se achas que é ficção científica, vem assistir a esta palestra!
Instituição: FF/Universidade de Lisboa
Investigador(a): Joana Saraiva Rodrigues
Data:
14-10-2022 10:00 Inscrições Encerradas