As questões ambientais/ecológicas são parte integrante da história da antropologia desde a sua fundação e, nos últimos anos, a investigação em torno das alterações climáticas desenvolveu-se grandemente. Há quase cinquenta anos, em 1975, Margaret Mead organizou aquela que terá a sido a primeira grande conferência internacional e interdisciplinar sobre o aquecimento global e suas múltiplas dimensões, nomeadamente as sociais, económicas, políticas. A quase totalidade dos temas abordados naquela conferência permanece actual, e cada vez mais urgente. A antropologia está particularmente bem posicionada para os estudos das alterações climáticas. Em termos metodológicos, o trabalho de campo e a etnografia franqueiam o acesso a uma grandeza, demasiadas vezes descurada, das alterações climáticas -- são um fenómeno global que, porém, se manifesta localmente. Ao mesmo tempo, a antropologia tem um acervo de conhecimento sobre outras formas de viver e pensar o mundo que convém ter em conta nos processos de adaptação e/ou mitigação das alterações climáticas. Tão relevante quanto isto, a antropologia é uma ciência social e “o problema” das alterações climáticas é, a sua essência, cultural, social e político. Esta iniciativa é da responsabilidade dos coordenadores do Grupo de Investigação “Desafios Ambientais, Sustentabilidade e Etnografia” do CRIA, Paulo Mendes e Luís Silva. Decorrerá na forma de aula aberta/mesa redonda na UC “Antropologia e Imagem” do 3º ano da licenciatura de Antropologia do ISCTE-IUL onde este tema constitui o mote para os trabalhos desenvolvidos pelos/as estudantes. Local: ISCTE-IUL, Auditório 0NE01 Paquete de Oliveira.
Duração: 1.30 Horas
Instituição: Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA)
Coordenador(a) do Programa: Paulo Mendes
Tipo de Evento:
Presença:
Inscrição Prévia: É necessária inscrição prévia
Máximo de Participantes por Sessão: 20
Coordenadas GPS: 38.74969918689, -9.1562460603027
Localidade: Lisboa
Concelho: LISBOA
Distrito: LISBOA
Data:
“Humanidade” é um conceito que engloba todos os seres humanos e que determina a forma como estes se relacionam entre si, à escala do planeta. Falarmos de humanidade é, também, falarmos de antropologia. Esta, estuda a diversidade, em múltiplos aspetos: culturas diferentes, religiões, raça, sistemas políticos, famílias diferentes, sexualidades e género, a influência da economia nos modos de vida das pessoas, classes sociais, saúde, processos migratórios, marginalidades e inclusões. Mas, afinal, para que serve a antropologia? Serve para interpretar tudo o que mencionámos anteriormente, de um ponto de vista crítico (questionando sempre a realidade), através da investigação e produção de conhecimento, utilizando uma metodologia específica muito importante: o “trabalho de campo” e a “observação participante”. É esta metodologia, única, que nos aproxima das pessoas e dos grupos alvo dos nossos estudos e que, de certa maneira, nos torna mais empáticos, mais conscientes da humanidade comum e dos seus problemas. Aprendemos muito mais sobre os outros (e sobre nós próprios), quando observamos para além da superfície, quando exercitamos um olhar aprofundado: é isso que a antropologia pretende fazer. Por isso, se te interessa conhecer melhor o que é a antropologia e para que serve, se ainda estás confuso sobre o que escolher para o teu futuro académico e profissional, e se tens curiosidade em saber o que fazem os antropólogos, quando fazem ciência, vem conversar connosco.
Duração: 1.30 Horas
Instituição: Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA)
Coordenador(a) do Programa: Cristina Santinho
Tipo de Evento:
Presença:
Inscrição Prévia: É necessária inscrição prévia
Máximo de Participantes por Sessão: 80
Localidade: Lisboa
Concelho: LISBOA
Distrito: LISBOA
Data: