O que têm em comum computadores, automóveis, eletrodomésticos e dispositivos médicos? Circuitos eletrónicos que ligam, controlam e nos permitem interagir com estes e outros equipamentos que usamos no dia a dia. Milhões destes circuitos podem ser integrados numa pequena pastilha de silício, ou outro material semicondutor, a que chamamos um chip .

Se o silício é relativamente abundante na Terra, os chips dão várias voltas ao planeta antes de chegarem à Europa, sendo desenhados, produzidos e acondicionados em diferentes continentes. 

É neste contexto que a União Europeia lançou a iniciativa CHIPS Joint Undertaking para assegurar que, no complexo ambiente geopolítico atual, a Europa desenhe, produza e tenha acesso aos chips necessários para o seu desenvolvimento e independência estratégica .

Esta área é mencionada no Relatório Draghi como um dos fatores essenciais para a competitividade europeia. Está previsto um investimento público e privado de 43 mil milhões de euros para que, até 2030, a Europa venha a conquistar 20% do mercado mundial de chips .

É um domínio onde a inovação acontece todos os dias e com um grande potencial para a geração de empregos qualificados. Mas como se posiciona o nosso país neste tabuleiro de xadrez internacional? Que oportunidades se anteveem para o futuro dos semicondutores em Portugal? 

Esta é a 22.ª edição do Café de Ciência no Parlamento e conta com o apoio do POEMS - Centro de Competências Português em Semicondutores , lançado no início de 2025. A temática dos semicondutores começa a ganhar visibilidade junto dos jovens, que poderão perspetivar novas carreiras para um futuro melhor. O encapsulamento e o desenvolvimento de chips em materiais inovadores, mais sustentáveis, são algumas das áreas em que o nosso país se poderá afirmar.