GRANDE PRÉMIO CIÊNCIA VIVA 2021

Maria Amélia Martins-Loução

Bióloga, professora catedrática jubilada da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, investigadora do cE3c – Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Globais, e Presidente da Sociedade Portuguesa de Ecologia, Maria Amélia Martins - Loução tem-se destacado pela sua participação pública, nomeadamente através da escrita regular de artigos de opinião sobre as ameaças à biodiversidade no jornal Público.

Como cientista, aprofundou as estratégias do uso do azoto pelas plantas e o seu papel nas relações simbióticas planta-bactéria e planta-fungo. O papel do azoto no funcionamento dos ecossistemas e a sua relação com a biodiversidade têm sido temas recorrentes na sua investigação, que abrange o ciclo do azoto na interação solo-plantas-atmosfera.

Foi Vice-Reitora da Universidade de Lisboa, Diretora do Jardim Botânico de Lisboa, Presidente da Direção do Museu Nacional de História Natural e Presidente do Departamento de Biologia Vegetal da Faculdade de Ciências. É, desde 2006, Académica Correspondente da Real Academia Nacional de Farmácia de Espanha, país que a distinguiu em 2010 com o Prémio Ibero-americano Cortes de Cadiz na categoria de Botânica. É atualmente consultora científica da European Science Foundation e da Green Media.

A divulgação da ciência junto de um público alargado teve sempre um papel central na atividade de Maria Amélia Martins-Loução. Já no topo da sua carreira universitária decidiu voltar à universidade como aluna para aperfeiçoar as suas práticas nesta área, concluindo o Mestrado em Comunicação de Ciência. Foi uma das 100 “Mulheres na Ciência” fotografadas em 2016 pela Ciência Viva neste projeto editorial de homenagem às investigadoras portuguesas.