Repositório Ciência Viva

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O Arquivo Vivo é um repositório que torna acessíveis a todos os públicos as publicações sobre a Ciência Viva. Esta plataforma reúne teses académicas, artigos científicos, apresentações em conferências, relatórios, e todo o tipo de trabalhos ou publicações relacionadas com a Ciência Viva ou publicadas com a sua colaboração.

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Património Social da Mina do Lousal: Do Hospital à Exposição

Fidalgo, Ana Vinhas
Considera-se necessário o estudo do Património Social mineiro, como modo de combate ao seu desaparecimento, por ser parte fundamental da história e memória mineira, da identidade de grupos sociais e das suas práticas culturais. A dissertação tem como objetivo o estudo do Património Social de uma empresa mineira como modo de valorização da sua Identidade e Património, procurando definir Património Social das minas e entender como este tem sido tratado museologicamente. Considera-se o Património Social mineiro, a estrutura e organização sociais das comunidades mineiras, passando pelo entendimento das condições oferecidas aos trabalhadores e às suas famílias, nas vertentes de habitação, saúde, alimentação, religião, ensino e ainda atividades de lazer. Através do estudo do Património Social é possível caracterizar e analisar o funcionamento e organização das comunidades mineiras, e do mesmo modo salvaguardá-lo, estudá-lo e expô-lo, transformando-o em Património Cultural, podendo ser mesmo representado em museus, por via de objetos móveis e conteúdos culturais apropriados. Este trabalho surge de um acordo estabelecido entre o Centro de Ciência Viva do Lousal e a Associação Portuguesa de Arqueologia Industrial, realizado entre 2016 e 2017 e apresenta, por via de uma musealização do fundo médico, hospitalar e farmacêutico das Minas do Lousal, um trabalho de salvaguarda dos objetos ligados aos serviços médico-farmacêuticos disponibilizados na Mina durante o seu ciclo funcional estando na génese da exposição ?Casa de Saúde?, inaugurada em julho de 2017. Pretende-se que a exposição ?Casa de Saúde? sirva de base para a criação de um Núcleo Museológico, que conste da oferta educacional já disponibilizada pelo Museu Mineiro do Lousal. A passagem do ciclo funcional para o ciclo cultural de uma mina, assume-se como um momento importante por constituir uma oportunidade de redinamização socioeconómica local e valorização cultural das comunidades que o representam.
2018 Museologia Tese de Mestrado

O legado científico e patrimonial de Günter Strauss: Mina do Lousal (décadas de 50 e 60) - uma proposta de intervenção museológica

Oliveira, Margarida Duarte de
O presente estudo teve lugar no âmbito do projeto AMPERE+CT - Arqueologia Mineira e Património Elétrico como Recursos Educativos mais Cultura e Turismo destinado à reabilitação e valorização do Museu Mineiro do Lousal, no qual se tornou possível o diagnóstico da componente expositiva do museu e se propiciaram condições para desenvolver uma abordagem da Geologia enquanto polo museográfico, adicionando-o ao conjunto que constitui o núcleo das exposições. A nova componente expositiva centra-se numa proposta museográfica assente no trabalho do geólogo Günter Strauss e pretende evidenciar o seu legado científico e patrimonial, enquanto colaborador dos ?Serviços Geológicos da mina do Lousal?. A nova exposição irá integrar bens materiais do acervo do Museu Mineiro utilizados em trabalhos de prospeção e reconhecimento geológico na área do Lousal, bem como equipamentos de laboratório e elementos do fundo documental da área da geologia. Assim, a comunidade local, educativa e o público em geral beneficiarão de novos conteúdos expositivos, enfatizando a componente social e humana em que assenta a missão do MML.
2023 Museologia Tese de Mestrado

Do Saber ao Criar: experiências tecnoromanas na Villa de Milreu

Reis, Emanuel; et al.
A Villa de Milreu é um exemplo do modelo de ocupação romana da região da Ibéria, centrada na exploração dos recursos agrícolas, marinhos e na produção de bens alimentares, que eram exportados por via marítima para os portos do Império. O Centro Ciência Viva do Algarve traz "experiências" às ruínas de Milreu pelo quarto ano consecutivo, altura em que impera que dediquemos pela primeira vez um dia inteiro ao público escolar. Assim, continuando a destacar o ?saber" característico da sociedade romana da época, desta vez sob o mote "Do Saber ao Criar: experiências tecnoromanas na Villa de Milreu", esta 4ª edição, para além de no sábado, dia 20, renovar a oportunidade dada nas edições anteriores aos participantes de conhecer e "vivenciar" o estilo de vida dos romanos que habitaram o local, através de atividades de cariz essencialmente prático, estende-a este ano aos alunos durante o dia 19, sexta-feira. Ambos os dias do evento são realizados no âmbito do programa DiVaM 2018. Esperamos que passe bons momentos connosco em Milreu!
2018 Museologia Relatório

Do Ir ao Vir: uma viagem por experiências cientifico-históricas nas ruinas da Villa Romana de Milreu

Reis, Emanuel; et al.
A Villa de Milreu é um exemplo do modelo de ocupação romana da região da Iberia, centrada na exploração dos recursos agrícolas, marinhos e na produção de bens alimentares, que eram exportados por via marítima para os portos do Império. O Centro Ciência Viva do Algarve traz "experiências" às ruínas de Milreu pelo quinto ano consecutivo, momento em que pela primeira vez promovemos atividades noturnas. Com as atividades deste ano, propomo-nos proporcionar aos participantes "viagens" tetradimensionais: no espaço, no tempo, na história e no conhecimento. Pretendemos pois que as Ruínas Romanas de Milreu funcionem como a matriz para todas estas ?viagens?, e que se assumam como escolas informais e oficinas de promoção de conhecimento e de desenvolvimento de competências em odos os indivíduos envolvidos (público e participantes). No contexto da exploração das atividades de cariz prático "mãos na massa" que iremos implementar, serão abordados por isso tópicos de arquitetura, química, física, engenharia, cálculo e astronomia, entre outros. Assim, partindo-se da apresentação e debate dos saberes existentes à época romana, procurará proporcionar-se a compreensão e evidenciar a contribuição desses saberes à luz dos conceitos científicos contemporâneos. Esta iniciativa é dinamizada no âmbito do programa DiVaM 2019.
2019 Museologia Relatório

International Science Centre Impact Study

Falk, John; et al.
2014 Museologia Relatório

O Centro Ciência Viva de Sintra - Um desafio para todos experimentem, aprendam e se divirtam com a Ciência

Bessa, Fernanda
Envolto pela luxuriante vegetação da serra de Sintra, que tantos poetas e músicos já inspirou, o Centro Ciência Viva de Sintra, criado a 20 de novembro de 2006 nas instalações da antiga garagem dos Elétricos de Sintra, está integrado na rede de Centros da Agência
2017 Museologia Artigo

Os museus e a promoção da cultura científica em Portugal

Delicado, Ana
Este artigo analisa a inclusão dos museus e centros de ciência nas políticas de promoção da cultura científica em Portugal. Integra o caso português nos processos de constituição de museus dedicados às ciências no contexto europeu desde o século XIX mas salientando a sua especificidade. É dado destaque à mobilização do conceito de cultura científica como justificativo para a criação e desenvolvimento de instituições museais e ao papel desempenhado por diversos agentes e organizações nestes processos.
2006 Museologia Artigo

Introducing portable digital devices into science museum outreach activities: how diverse can it be?

Veiga-Pires, Cristina; et al.
2019 Museologia Artigo em Conferência

Exposição 'Terra; Um Planeta dinâmico'; o conceito de Tempo Geológico no ensino das geociências

Antunes, Mariana; et al.
O Centro Ciência Viva de Estremoz (CCV Estremoz) pertence à rede Portuguesa de Centros de Ciência, criada com o objetivo de promover a cultura e literacia científicas em Portugal. A exposição permanente do CCV Estremoz, denominada Terra; Um Planeta Dinâmico, é constituída por mais de quatro dezenas de módulos interativos e expositivos, concebidos e adaptados para o entendimento dos processos geodinâmicos atuantes no nosso planeta. Transversal à compreensão destes processos, encontra-se a noção de tempo geológico, um conceito difícil de compreender pelos alunos, sobretudo em idades mais jovens (Bonito et al., 2010). Comummente, este conceito é trabalhado pelos manuais escolares com recurso à compactação dos 4550 milhões de anos da História da Terra num ano, situando aqui os diferentes eventos geológicos. Na exposição permanente do CCV Estremoz este conceito também é assim trabalhado. No entanto, é complementado com outras estratégias didáticas, destacando-se, a título de exemplo, o módulo A Ampulheta dos Milhões. Ao girar a ampulheta, assiste-se à passagem de cerca de um milhão de objetos. A partir daqui iniciam-se jogos matemáticos simples, através de uma interação pergunta-resposta com os alunos, com intuito de compreender as diferentes escalas associadas aos processos geológicos. Com efeito, não só se abordam os grandes números, relacionados com o tempo geológico, como também os pequenos números, relacionados com as lentas velocidades da maioria dos processos geodinâmicos. Interligando as diferentes escalas, é então possível concetualizar a Terra como um planeta dinâmico, e não estático, como muitas vezes dizem os nossos olhos, à escala de vida humana. Deste modo, trabalha-se um conceito praticamente abstrato com exemplos concretos, presentes no dia a dia dos alunos, o que facilita a sua aprendizagem (Cunha, 2006). Este módulo localiza-se no início da exposição, permitindo assim contextualizar os módulos seguintes, estabelecendo um fio condutor na exposição.
2015 Museologia Póster em Conferência

Da interação ao engajamento: um estudo da experiência de visita de adolescentes à exposição 'Explora' no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa

Massarani, Luisa; et al.
Neste estudo, tivemos como objetivo compreender como os adolescentes interagem e se engajam em uma exposição interativa de ciências e as experiências de aprendizagem proporcionadas pela visita. Participaram do estudo cinco grupos de adolescentes entre 14 e 17 anos, em visita, fora do contexto escolar, à exposição de longa duração ?Explora?, do Pavilhão do Conhecimento - Centro Ciência Viva, em Lisboa (Portugal). A investigação se caracteriza por um estudo de caso aliado a uma abordagem quanti-qualitativa. Os registros audiovisuais das visitas foram analisados com um protocolo que combina aspectos teóricos e empíricos da experiência de visita a centros de ciências. Os resultados indicam que as interações e o engajamento estiveram presentes, principalmente em episódios em que os adolescentes interagem ativamente com a exposição, uns com os outros, e quando conversam sobre como a exposição funciona. Observa-se também que existem condições iniciais de interação, que incentivaram o engajamento cognitivo dos jovens ao apoiar a construção de significado ou a formação de algum tipo de conexão com os conteúdos abordados na exposição.
2022 Museologia Artigo em Revista

Análise das interações e conversas familiares em visita à exposição 'Água - Uma exposição sem filtro'

Massarani, Luisa; et al.
A água é essencial à sobrevivência humana, mas enfrentamos desafios de escassez, desperdício e acesso equitativo. Gerir o uso sustentável é uma exigência urgente para equilibrar as necessidades das comunidades com os recursos hídricos. Neste estudo qualitativo e exploratório, analisamos conversas e interações familiares durante uma visita à exposição "Água -Uma Exposição sem Filtro" do Pavilhão do Conhecimento -Centro Ciência Viva em Lisboa (Portugal). Tivemos por objetivo entender que aspectos da exposição impactam a interação familiar e como as conversas familiares abordam a temática expositiva. Cinco famílias, totalizando 16 pessoas (sete adultos e nove crianças), participaram no estudo, tendo as suas visitas sido gravadas com uma câmera subjetiva. O material audiovisual foi posteriormente codificado com um protocolo de pesquisa que associa uma análise dedutiva e indutiva e está centrado nas interações e tipos de conversas, com apoio do software Dedoose. Os resultados indicam que os recursos interativos, a interação social entre adultos e crianças e a leitura foram elementos que influenciaram a experiência familiar e as conversas. As conversas centraram-se no funcionamento dos aparatos, em sintonia com a natureza interativa da exposição. As conversas sobre temas de ciência tiveram menor ocorrência, mas mostraram-se como perspectivas para reflexões sobre os aspectos ambientais do direito e uso da água, com algumas conversas que abordaram questões éticas e sociais do uso e acesso à água.
2023 Museologia Artigo em Revista

Era uma vez... Uma exposição de Ciência em Guimarães

Nobre, Alexandra; et al.
"Era uma vez... Ciência para quem gosta de histórias" é uma exposição produzida pelo Pavilhão do Conhecimento - Ciência Viva, inspirada em contos infantis, que explora de forma interativa conteúdos de ciência e tecnologia. O percurso da exposição desenvolve-se ao longo de 10 histórias (cada uma materializada num livro - estação lúdica/ pedagógica) que orbitam a floresta central das fábulas. Os conteúdos de texto são apresentados em português, castelhano, inglês e Braille. Em cada estação é disponibilizado um suporte de áudio e um ponto multimédia com descrição em linguagem gestual. Instalada na praça coberta do IDEGUI - Instituto de Design de Guimarães a exposição surge como base de lançamento do Centro de Ciência Viva de Guimarães e destina-se a um target dos "3 aos 103 anos". Durante 3 meses a exposição recebeu, sobretudo, público escolar contando com o apoio da autarquia que assegurou transporte gratuito a todos os alunos do ensino pré-escolar, 1º e 2º ciclos da área geográfica concelhia. A estratégia de comunicação e divulgação da exposição envolveu contactos orientados aos estabelecimentos de ensino da região, publicidade estática, notas de imprensa, redes sociais e conteúdos online. Em resultado desta abordagem, o número de visitantes suplantou as expectativas e obrigou ao prolongamento da exposição por mais um mês. A dinâmica de público geral seguiu a mesma tendência, verificando-se uma forte afluência de famílias e grupos informais organizados, sobretudo ao fim-de-semana. No sentido de aferir a opinião dos visitantes utilizaram-se 2 instrumentos de avaliação: a aplicação de um questionário de satisfação (remetido aos professores) e a instalação de um mural (no qual os visitantes foram convidados a expressar-se sobre a visita). Entendeu-se que este seria o meio de comunicação mais adequado ao público por permitir a partilha de perceções com recurso a linguagem escrita (mais frequente entre adultos) e a linguagem pictórica (preferida pelas crianças e jovens). Neste poster pretende-se apresentar uma leitura empírica dos registos individuais de opinião relativa à experiência de visita e expor algumas das expressões mais regulares (figuras desenhadas, símbolos e composição escrita) numa tentativa de (1) interpretação dos conteúdos inscritos no mural e (2) de compreensão da perceção manifestada pelos visitantes, envolvendo, para além de aspectos relativos à aprendizagem, elementos de identificação pessoal, afetiva, identitária, estética e cognitiva.
2015 Museologia Póster em Conferência

Porto Planetarium - Ciência Viva Center: From a Dissemination Program to an Educational Program

Costa, Ilídio André; et al.
2019 Museologia Artigo em Conferência

Centro Ciência Viva de Constância: génese, evolução e futuro

Ferreira, Máximo de Jesus Afonso
A participação pública em C&T tem sido cada vez mais reconhecida como desejável para fazer face aos desafios sociais e ambientais que a humanidade enfrenta (e.g. Irwin, 2006; Phillips, Carvalho & Doyle, 2012; Wynne, 2006), favorecendo uma mútua aprendizagem entre os públicos e a comunidade científica, consolidando a cidadania e promovendo a credibilização e a legitimação social da ciência e dos cientistas. Na maioria dos países do norte da Europa, procedimentos participativos já fazem parte das políticas nacionais de regulação de diversos campos da ciência. Em Portugal e Espanha, no entanto, os incentivos para essa participação são ainda bastante limitados (Felt, 2003; European Commission, 2010, 2011, 2012, 2014a, 2014b; Hagendijk & Irwin, 2006). Como atores-chave na produção de conhecimento científico, as instituições de ensino superior (IES) podem ter um papel importante na promoção desse envolvimento cidadão. No entanto, estudos sobre a forma como se envolvem os vários atores académicos na comunicação de ciência, o papel dos diferentes agentes sociais nesse envolvimento e as dinâmicas institucionais nestes processos são, porém, relativamente escassos (Ashwell, 2012; Chilvers, 2012; Holdsworth & Quinn, 2010), particularmente no caso de universidades. Utilizando uma variedade de instrumentos de pesquisa ? análise documental, entrevistas, questionário e grupos focais ? e focando-se no caso concreto das alterações climáticas, esta tese analisa perceções e práticas sobre a forma como os portugueses e os espanhóis têm vindo a ser chamados a participar em debates sobre ciência pelas suas IES, identifica fatores que têm inibido a sua participação e sugere medidas que podem ser adotadas pelas IES para gerar interesse nos cidadãos por essa participação. Este estudo é complementado com uma análise crítica das potencialidades de mudança a partir de uma comparação com práticas desenvolvidas no Reino Unido e na Dinamarca. A investigação realizada sugere que a atuação dos cientistas e dos profissionais de comunicação a nível da comunicação de ciência é bastante influenciada pela cultura organizacional das instituições científicas, pelos recursos que lhe são disponibilizados, pelas relações que estabelecem entre si e pela forma como percecionam as potencialidades do envolvimento cívico. Quanto aos cidadãos, ainda que tenham uma perceção bastante clara dos benefícios da sua participação, uma parte significativa dos inquiridos denotou algum descrédito em relação à capacidade decisória do cidadão, sendo esta questão uma das principais barreiras à sua agência. Portanto, um maior compromisso por parte dos cientistas, dos profissionais de comunicação e dos cidadãos numa interação mais dialógica pode estar dependente, por um lado, de uma mudança nas estruturas e nas políticas das IES que favoreça a criação de mecanismos de apoio, práticas de formação e a oferta de incentivos destinados aos cientistas e aos comunicadores, e, por outro lado, da implementação de instrumentos que facilitem o acesso dos cidadãos à informação e que incentivem e estimulem oportunidades de interação e mútua aprendizagem entre os vários atores sociais.
2020 Museologia Tese de Mestrado