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Estágios Ciência Viva no Laboratório: há 23 anos a ?Criar Futuro?

12-07-2019


Lançamento do programa de estágios científicos para alunos do Ensino Secundário terá lugar dia 16 de Julho, às 10.30, no INESC TEC ? Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência, no Porto, com a presença do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, da Presidente da Ciência Viva, Rosalia Vargas, e do Presidente do Conselho de Administração do INESC TEC, José Manuel Mendonça.

?O meu sonho é ser engenheiro. Espero daqui a uns anos ter um produto inventado por mim que seja um grande sucesso. Que chegue a todo o mundo e ajude várias pessoas na área da saúde ou nos problemas simples do dia-a-dia?. Tiago Teixeira tem 16 anos, é de Aveiro e vai frequentar, pela primeira vez, um estágio no âmbito da Ciência Viva no Laboratório. O entusiasmo na voz não engana. As expectativas são altas e a vontade de aprender é enorme: ?Espero que esta experiência me traga mais conhecimento e me ajude a perceber o que vai ser a minha vida futura na universidade e até mesmo no trabalho?.

Tiago é um dos quatro jovens do Ensino Secundário que irão participar no estágio Como vai ser a Inteligência Artificial em 2030?, no INESC TEC. ?São poucos mas representam uma grande mudança?, assegura Rosalia Vargas, Presidente da Ciência Viva. ?É isso que temos vindo a fazer, desde há 23 anos, com as instituições científicas de todo o país. Com o INESC TEC já o fazemos há mais de uma década e este ano com um desafio acrescido: ter estágios que promovam a literacia dos jovens na área da inteligência artificial, na ciência de dados e na aprendizagem automática em todas as áreas do conhecimento?.

Desde 1997, o programa Ciência Viva no Laboratório ? Ocupação Científica de Jovens nas Férias já envolveu mais de 16000 alunos que frequentaram estágios científicos em laboratórios de instituições de todo o país. Quando o Ministro da Ciência, Manuel Heitor, visitar na terça-feira os estágios do INESC TEC, já terão tido lugar em todo o país quase 200 estágios, abrangendo 611 alunos. Mas há muitos mais a acontecer até 6 de Setembro e em áreas tão diversas como robótica, amplificação de sequências de ADN, impressão 3D, construção de drones e energias renováveis.

Participar neste programa é uma experiência que marca o futuro dos ?estagiários?, quer este passe pela ciência quer não. Inês Luzio, 24 anos, actualmente professora no Conservatório de Música de Coimbra, toca eufónio e há sete anos participou no estágio À descoberta do meu lado empreendedor, promovido pelo INESC TEC. ?Só agora me apercebi como este estágio foi importante para mim?, diz, surpreendida. ?A música é uma actividade altamente empreendedora. Aprendi conceitos naquele estágio que aplico hoje em dia, como a análise SWOT, os procedimentos financeiros e a elaboração de projectos. O que faço hoje em dia não está directamente relacionado com o estágio mas foi extremamente útil?.

A edição deste ano da Ciência Viva no Laboratório conta com mais de 300 estágios, em 68 instituições e vai chegar a cerca de 1050 estudantes do 9.º ao 12.º ano. Alguns já são autênticos veteranos. ?Este vai ser o meu terceiro estágio?, revela Renata Lei. Com 18 anos, não tem dúvidas: ?Em vez de ir só para a praia e sair à noite com os amigos, faço uma semana de trabalho, não muito árduo. É uma experiência diferente e se não gostarem, é apenas uma semana. Não precisam de fazer vários como eu!?. Ainda entre risos, a jovem deixa o conselho: ?Inscrevam-se, vão ver que vale a pena. No secundário estamos sempre a pensar na faculdade e esta foi uma oportunidade de conhecer o meio e estar um pouco mais envolvida?.

Mas em Aveiro, Renata não é caso único. José Sarilho tem 27 anos, é responsável pela gestão de energia da fábrica de pasta de papel Navigator e tem no currículo estudantil a participação em vários projectos da Ciência Viva, durante o Ensino Básico e Secundário, e a frequência de dois estágios científicos no laboratório. É um verdadeiro recordista! ?Olhando para 2010, o que mais me marcou foi ter-me apercebido do papel que Portugal desempenhava na investigação internacional. Já naquela altura estávamos na corrente, a par e ao nível do que outros institutos europeus faziam?. A todos os jovens indecisos, deixa uma frase: ?Os estágios da Ciência Viva são importantes para abrir horizontes e conhecer mundo!?.

Este ano, o INESC TEC respondeu ao desafio da Ciência Viva e estreia na próxima segunda feira, 15 de julho, no novíssimo Industry and Innovation Lab, o estágio Como vai ser a Inteligência Artificial em 2030? No final da semana, e depois de passarem por várias oficinas especializadas em inteligência artificial, reconhecimento de imagem e voz, e algumas visitas externas, os quatro jovens entre os 15 e os 18 anos irão apresentar um projecto de inteligência artificial com grande impacto em 2030.
Carmen Silva não podia estar mais contente: ?Eu adoro um montão de coisas, desde Direito, investigação, tecnologia? Tudo me cativa! Foi complicado escolher apenas um estágio porque havia vários, muito interessantes. No entanto a inteligência artificial será uma área que vai evoluir muito no futuro e abrir novos horizontes?. No extremo oposto está o ?benjamim? do grupo, Rúben Leal. Com apenas 15 anos, é perentório: ?Já estou decidido no que quero seguir, sendo engenharia biomédica a minha primeira opção?. O estágio vai funcionar como uma iniciação ao futuro que o espera. ?Vamos acabar o secundário dentro de pouco tempo. É muito importante ter, já nesta fase, um contacto com a comunidade científica?.

Com cobertura nacional, o programa Ciência Viva no Laboratório - Ocupação Científica de Jovens nas Férias é uma oportunidade única para os estudantes terem um contacto directo com o trabalho de investigação em laboratórios e instituições científicas. Para além de aplicarem os seus conhecimentos, vão conhecer novas áreas e, quem sabe, descobrir o que querem fazer no futuro.
Foi o que aconteceu há quase 10 anos com Pedro Sá. ?Fiz três estágios muito diferentes com a Ciência Viva. O objectivo era ter uma experiência mais imersiva em instituições académicas e ajudar-me a perceber o que queria fazer?. Apesar do percurso académico marcado pelas áreas tecnológicas, Pedro frequentou o estágio À descoberta do meu lado empreendedor e aos 24 anos trabalha na startup James Finance. ?Curioso, não é? Na altura em que estive no INESC TEC o empreendedorismo estava a explodir e eu achei que era uma boa oportunidade para entender o fenómeno. Quem diria!?.

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