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Ciência Viva no Laboratório: quem quer a praia quando pode mergulhar na ciência?

15-07-2022



 


 


 


 


 


 


 


Programa de estágios de verão da Ciência Viva para o ensino secundário e 9º ano já pôs 19 000 estudantes em contacto com cientistas, em contexto real de investigação. O lançamento da 26.ª edição desta iniciativa terá lugar no dia 19 de julho, terça-feira, às 11.00, no CENIMAT/i3N – Centro de Investigação de Materiais da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade NOVA de Lisboa, no Monte da Caparica.


Estarão presentes a Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, e a Presidente da Ciência Viva, Rosalia Vargas.


Sabe que há amigos que já estão de férias desde o início do mês, mas Diogo Silva, aluno do 10º ano da Escola Secundária D. Duarte, em Coimbra, não parece preocupado com o tamanho das ondas da Caparica. A próxima semana será passada na margem sul, mas longe do areal. Diogo é um dos alunos que se propôs e foi aceite no estágio “Uma folha de papel pode ser um sensor”, do CENIMAT. “Gostava mesmo de saber como é que isso é possível…”, diz, curioso.


Luís Pereira, que orienta este estágio, considera que a experiência é marcante. “Lembro-me de dois alunos que orientei há uns anos e que depois entraram para esta Faculdade e para o curso onde lecciono a maior parte das minhas aulas. Ambos referiram que a escolha do curso tinha sido ditada pela experiência que tiveram nos estágios da Ciência Viva”.


Inês Godinho, aluna do 12.º ano da Escola Secundária Dr. José Afonso, no Seixal, também está muito motivada para o estágio “E se aplicarmos teias magnéticas em medicina”, orientado pelos investigadores João Paulo Borges e Adriana Gonçalves. “Não me consigo imaginar num emprego tradicional. Sou curiosa por natureza e só uma atividade dinâmica e de constante desafio me poderá motivar. A engenharia biomédica é uma das áreas que mais me fascinam e enquanto rapariga penso que poderei ter um papel importante no mundo da engenharia, que tradicionalmente era mais procurado pelo sexo masculino. Felizmente nos últimos anos a situação tem vindo a mudar e eu quero fazer parte dessa mudança!”.


Já Manuel Afonso, aluno do 11.º ano dos Salesianos de Lisboa, não é novo nestas andanças e já andava de olho no estágio “Faz do sol a tua energia”. “No ano passado frequentei outro estágio da Ciência Viva no Laboratório e, durante a minha estadia, este estágio sobre energias renováveis despertou-me uma grande curiosidade. Prometi a mim mesmo que este ano não me escapava! Vou poder descobrir a tecnologia das solar farms, como é que que os painéis fotovoltaicos funcionam e construir o meu próprio painel fotovoltaico”.


A investigadora Marta Corvo confessa que tem como objetivo dar aos alunos “um cheirinho, ainda que por alto, daquilo que é o nosso trabalho de investigação”, antevendo “o entusiasmo” dos alunos, que “vão ter mesmo de meter as mãos na massa”. A orientadora do estágio “Materiais para captura de CO2” resume assim a experiência de uma semana (e de uma vida) passada no CENIMAT: “Eles vão ter de perceber e experimentar executar algumas operações básicas que fazemos no dia a dia. E essa é a parte mais interessante do estágio: não vão só ouvir, vão literalmente fazer”.


Em 25 anos, 19 000 estudantes trocaram a toalha de praia pela bata de cientista, participando em estágios da Ciência Viva no Laboratório.


 


PROGRAMA DO LANÇAMENTO


 


SOBRE A CIÊNCIA VIVA NO LABORATÓRIO


É um dos principais programas da Ciência Viva, organizado em colaboração com a comunidade científica desde 1997. As unidades de investigação são convidadas a apresentar propostas de estágios nos seus laboratórios para jovens do ensino secundário e do 9.º ano, dando-lhes a possibilidade de viver o trabalho de investigação lado a lado com os cientistas.


Em 25 edições do programa, cerca de 19 000 alunos tiveram a oportunidade de realizar estes estágios, que os ajudaram a orientar o seu futuro académico e profissional. Da investigação sobre o cancro aos novos desafios da biologia, da robótica e inteligência artificial às dinâmicas sociais, os temas são variados e os locais de norte a sul do país. Em alguns casos é proporcionado alojamento para alunos de outras regiões, que têm assim a oportunidade de ficar a conhecer institutos e laboratórios de investigação longe da sua área de residência.


A edição deste ano conta com 325 estágios propostos por 55 unidades de investigação. Estão até agora inscritos 807 alunos, dos quais 629 já foram aceites em estágios.


Inscrições e programa completo de estágios em www.cienciaviva.pt


 


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