Peixe teleósteo da família Cyprinidae.

Espécie exótica em território nacional, nativa da região dos grandes lagos e rios da Ásia, Europa e África, porém atualmente distribui-se por praticamente todos os continentes. É geralmente encontrada em águas doces e temperadas, paradas ou lentas, lagos e áreas húmidas permanentes, geralmente com fundos de lodo. Em Portugal é considerada uma espécie exótica, ocorrendo em barragens e lagos e tanques.

É uma espécie bentónica e omnívora, sendo que a sua dieta varia dependendo do local e da estação do ano, dependendo da disponibilidade de alimentos (larvas de insetos, algas, macrófitos, pequenos moluscos e alevins de peixes).

Pode crescer até 120 cm de comprimento e pesar até 60 kg. Apresenta olhos pequenos, lábios grossos, dois barbilhos em cada canto da pequena boca sem dentes, escamas grandes e espinhos fortemente serrilhados nas barbatanas dorsal e anal. A cor da carpa varia, porém, na natureza, geralmente são verde-azeitona, bronze ou prateado, com uma parte inferior mais clara.

Foi uma das primeiras espécies de peixes cuja distribuição foi amplamente estendida pelo Homem. No século I, foi espalhada gradualmente por toda a Europa com a ajuda dos romanos, que encontraram carpas no rio Danúbio. Foi introduzida para alimentação, pesca desportiva e ornamentação de lagos artificiais. É atualmente a terceira espécie mais frequentemente introduzida em todo o mundo. Enquanto é jovem, este peixe desloca-se em pequenos cardumes, porém em adulto é solitário.

Na região onde é nativa, a maior ameaça a esta espécie é a construção de barragens. Nas regiões onde é uma espécie exótica, a sua alimentação prejudica as plantas com raízes rasas, turvando a água; liberta fósforo, aumentando a abundância de algas; influencia a perda de qualidade da água causando o declínio de plantas aquáticas necessárias para aves aquáticas e peixes.