A conferência online "O Oceano que queremos" foi dedicada à Década das Nações Unidas da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável (2021-2030). Considerado muitas vezes invencível, o oceano encontra-se visivelmente em perigo. Da superfície aos fundos oceânicos, as ameaças multiplicam-se, comprometendo o presente e o futuro de todo o planeta. Importa por isso compreender o oceano que temos e planear o oceano que queremos ter.
Inspirada pela Década do Oceano, esta conferência teve como objetivo trazer a ciência oceânica para o centro do debate societal, com a transformação de problemas em soluções que contribuam para um desenvolvimento mais sustentável, que liga as pessoas ao oceano.
Nas sessões plenárias (5, 6 e 7 de maio) foram abordadas as valências oceânicas que se esperam alcançar até 2030. Num momento de pré-conferência foi exibida uma curta-metragem que retrata o oceano que temos. Neste primeiro dia, "Um oceano limpo" foi abordado pela investigadora Filipa Bessa (Centro de Ciências do Mar e Ambiente, Universidade de Coimbra) e por Filipe Brandão (GMV). No segundo dia de sessões plenárias, tiveram lugar de destaque "um oceano saudável" com a comunicação de Ronaldo Christofoletti (Universidade Federal de São Paulo, Brasil), "um oceano produtivo" por Mônica Mesquita (Observatório de Literacia Oceânica, Portugal) e "um oceano seguro" apresentado por Óscar Ferreira (Centro de Investigação Marinha e Ambiental, Universidade do Algarve, Portugal).
O último dia de sessões plenárias (7 de maio) apresentou "um oceano valorizado" por Tiago Pitta e Cunha (Fundação Oceano Azul, Portugal) e ainda "um oceano acessível" por Carmen Santos (Academia de Pescas e Ciências do Mar do Namibe, Angola). O dia terminou com um debate a três vozes sobre “um oceano inspirador”, que juntou projetos de Portugal, Brasil e São Tomé e Príncipe.
Nos workshops (8 e 15 de maio), os professores ficaram a saber mais sobre os valores dos ecossistemas marinhos e sobre estratégias de integração de tecnologias no desenvolvimento de projetos com os alunos. Os professores também conheceram técnicas para a utilização de dados científicos e aprenderam a olhar para o oceano a partir do espaço.