Mamífero marinho carnívoro da família Phocidae.
Espécie actóctone do arquipélago da Madeira. Distribui-se por quatro subpopulações: ao largo da Grécia e da Turquia, em Cabo Blanco (Sahara Ocidental) e no arquipélago da Madeira. É uma espécie autóctone portuguesa, ocorrendo entre as Ilhas Desertas e a Madeira. Habita mar aberto durante os períodos de deslocação entre ilhas e em redor das ilhas. Utiliza ainda zonas de baixa profundidade junto à costa, costas rochosas com falésias em que existam grutas e praias de calhaus rolados ou areia.
Alimenta-se geralmente de peixes, crustáceos e cefalópodes (e.g. polvo-comum). Procuram alimento em locais rochosos e baixos próximos da costa e das suas colónias, porém, devido à escassez de alimento nessas zonas, é obrigado a deslocar-se para alto mar.
Pode atingir os 400kg e os 4 metros de comprimento. Apresenta pelugem castanha ou cinzenta, mais escuro no dorso e clareando progressivamente até a face ventral. A face ventral é uma zona clara, branca, que varia de tonalidade consoante o individuo. Tem anatomia modelada para o meio aquático, com o corpo uniforme e 4 membros transformados em barbatanas.
Foi denominado Lobo Marinho, uma vez que as suas vocalizações são em tom de urro e consequentemente deu o nome à localidade de Câmara de Lobos. É provavelmente que seja a foca com maior ameaça de extinção no planeta. Antigamente ocorria pelo Mediterrâneo e águas adjacentes, hoje estima-se que existem somente cerca de 600 indivíduos restantes desse mamífero marinho. A população do arquipélago da Madeira é de aproximadamente 30 indivíduos.
As principais ameaças a esta espécie são a caça acidental através das redes de pesca e a degradação das praias onde as progenitoras têm as suas crias.