International Space camp 2007

Em 2007 Alina Louro, professora de Física da Escola Secundária Afonso de Albuquerque, na Guarda, e dinamizadora do clube de Física da mesma escola, com dois alunos seus, Francisco Rodrigues e Diana Pissara, foram ao International Space Camp, em Huntsville, Alabama.

Fica aqui o seu testemunho.

Testemunhos: Space Camp 2007 – Hunsville Alabama, EUA (21 – 27 Julho 2007)

Algo muito geral…

Este ano Huntsville, Alabama, contou com a presença de três dos membros do Clube de Física Newtronix.pt da Escola Secundária Afonso de Albuquerque, na Guarda.

A convite da Agência Ciência Viva, a Professora Alina Louro, o Francisco e a Diana representaram Portugal neste maravilhoso evento.

Os dias foram passados entre os treinos intensos de situações no espaço, sessões teóricas, missões espaciais e outras actividades relacionadas com a vida a bordo de um vaivém espacial. Houve toda uma miscelânea de culturas, línguas e hábitos que permitiram a troca de experiências.

Na opinião da professora Alina Louro, a Europa esteve muitíssimo bem representada. Países como a Holanda, Alemanha, Finlândia e Nova Zelândia estão de parabéns pela fantástica escolha dos seus representantes. Agora o mais importante é, e usando as palavras de professora, partilhar com os outros estas experiências, principalmente com os alunos. O importante é fazer ver que uma carreira científica na área da exploração espacial é possível …nunca se deve abandonar um sonho, deve-se, antes, persegui-lo!

Poderá estar para breve a criação de um Pólo Europeu para o Ensino-Aprendizagem das Temáticas relacionadas com a Exploração Espacial. Os professores europeus que estiveram no ISC vão trabalhar nesse sentido.

Para trás ficam momentos únicos como fogo de artifício junto aos vaivéns espaciais, as trocas de experiências, as gargalhadas da colega do Alasca e o sorriso do representante da China. Para a frente? Fica um longo caminho que temos de percorrer.

Alina Louro

O que sentiram os alunos…

O sonho de ser astronauta nasce com qualquer um e durante uma semana esse sonho tornou-se em parte realidade no International Space Camp, um encontro de delegações internacionais num campo espacial da NASA.

Envolvido por uma área verde o espaço onde nós estávamos em Huntsville, Alabama foi palco de um choque de culturas do mundo. Desde a Coreia aos nossos antípodas da Nova Zelândia lá estavam jovens como nós a desfrutar de uma semana com a “cabeça na lua”.

Vários simuladores fizeram as delícias de qualquer um: desde o simulador da gravidade até à torre onde uma cápsula subia e descia rapidamente. Fizeram subir a minha adrenalina ao máximo.

As missões espaciais onde estive inserido em que havia vários objectivos a cumprir foram um festejar da equipa do princípio ao fim ou não fosse a minha equipa no final a considerada de mais unida o que me encheu de orgulho.

Vários choques com os hábitos americanos também foram sentidos desde os seus (pouco) saudáveis hábitos de comida até às rigorosas regras mas em que foram assimiladas ideias de união e disciplina para o resto da vida.

A palavra mais repetida naqueles dias foi “aweasome” que significa espectacular e com esta palavra fazia o resumo da minha viagem mas não me sentia bem sem escrever que estes foram os dias mais especiais da minha vida pois desfrutei de uma oportunidade rara e deveras tocante

Francisco Rodrigues

Após alguns meses de espera e quase dois dias de viagem chegámos finalmente ao destino: a América. Melhor ainda! Ao U.S. Space and Rocket Center em Huntsville, Alabama.

Á chegada prosseguiu-se uma semana fantástica na qual pudemos contactar com a realidade da exploração espacial e com a diversidade de culturas que cobrem o nosso planeta.

O centro suprareferido abarca um vasto e riquíssimo museu cujo tema é a exploração no espaço. Nele estão expostos alguns objectos que participaram em jornadas ao espaço; informação sobre individualidade que tiveram um papel crucial para certas descobertas no mundo extraterrestre; características dos materiais que constituem as diferentes partes de uma nave espacial e explicação das mesmas; entre outras coisas.

Para além do museu, pudemos experimentar simuladores como o Space Shot e o G-Force Accelerator que nos deram uma ideia das sensações que podemos experimentar quando abandonamos a superfície do nosso planeta. Assistimos a vários filmes relacionados com a exploração em Marte, entre outros, num dos teatros originais da IMAX; presenciámos palestras diversas sobre a vida no espaço (saúde, alimentação, sono…); e assumimos posições variadas no comando de uma nave espacial (CAPCOM, EVA, INCO, Fly Engineer, etc.), ainda que num exercício de simulação.

Tudo o que referi acima e a possibilidade de ouvir discursar sumidades como o tão conhecido Especialista de Missão da NASA Story Musgrave e o astronauta americano Robert Gibson, acoplado a outras actividades, tornaram esta semana uma experiência inigualável.

Um outro aspecto essencial para que esta fosse uma semana tão perfeita foi o contacto com pessoas de todas as partes no Planeta: Estados Unidos da América, Costa Rica, Bélgica, Finlândia, Dinamarca, China, Coreia, República Checa, Rússia, Grécia, Austrália, Áustria, Alemanha e de outros tantos países. Do contacto com estas pessoas, que vivendo numa cultura tão diferente da nossa são em tantos aspectos semelhantes a nós, nasceu uma inevitável erudição acerca da essência da cultura de cada um e também uma grande amizade que ultrapassando fronteiras certamente perdurará.

Resta-me, então, agradecer àqueles que me proporcionaram esta magnífica e seguramente insubstituível viagem. Obrigada Newtronix.pt e Ciência Viva!

Diana Pissarra