O ABC – e X e Z - da Radiação do Espaço

Os raios alfa e os raios beta são partículas. Os raios gama são radiação electromagnética, tal como os raios-X, mas com energia mais elevada. Os físicos da saúde preocupam-se sobretudo com os raios HZE, de número atómico e energia elevados. O H significa alta (do inglês High), Z representa o número atómico e E se refere a Energia. Estes têm dos fontes principais: o Sol e a galáxia.

As partículas solares energéticas (SEP) são, na maior parte, protões de energia elevada, isto é núcleos de hidrogénio. A radiação de uma explosão solar pode ser altamente debilitante ou até fatal no ambiente não protegido. Os raios cósmicos galácticos (GCR) são compostos por uma grande variedade de núcleos de átomos desprovidos de electrões, emanados por supernovas ou por poeiras cósmicas irradiadas com raios cósmicos mais antigos. A maior parte é composta por materiais ligeiros, cerca de 85% de núcleos de hidrogénio (Z=1) e 14% de núcleos de hélio (Z=2). A quase totalidade dos restantes 1% são elementos pesados estáveis. O Ferro é o elemento mais pesado (massa aproximadamente de 56 unidades de massa atómica) que é suficientemente abundante para constituir uma preocupação na utilização de escudos adequados. No entanto, na radiação GCR são encontrados vestígios de todos os elementos estáveis. A velocidade média dos GCR é aproximadamente 95% da velocidade da luz ( o que corresponde à velocidade de um protão com uma energia de 2000 MeV). A composição da radiação muda com o ciclo solar. No máximo da actividade das manchas solares, a expansão da heliosfera modera os GCR, mas emite mais SEP.

Tal como uma bala que atinge uma parede desintegrável, um raio cósmico que atinja um metal desfaz o núcleo do alvo e é, ele próprio, desintegrado. Apesar da energia total permanecer igual, esta interacção produz uma cascata de partículas secundárias e terciárias, algumas das quais originam raios. No total, quanto a radiação, é uma situação complicada.