Campanha 

Polinizadores em ação

CONTRIBUA PARA A CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE

Junte-se a esta campanha com os seus alunos e transforme a sua escola
num espaço amigo dos insetos polinizadores. 

Em Portugal existem mais de 1000 espécies de insetos polinizadores, entre abelhas, abelhões, vespas, moscas, borboletas e escaravelhos.

Mas estes pequenos animais estão a sofrer graves ameaças, como a urbanização e a fragmentação dos habitats, que reduzem a sua distribuição geográfica, a agricultura intensiva, que destrói os prados e recorre ao uso intensivo de pesticidas, e as alterações climáticas, com a subida das temperaturas e a dessincronização entre as épocas de floração e o ciclo de vida dos insetos.

Se os insetos polinizadores desaparecerem, a maioria das plantas não conseguirá reproduzir-se e acabará também por desaparecer. Como consequência, os humanos e outros animais, deixarão de ter importantes fontes de alimentos ao seu dispor (frutos, sementes, etc.) e os ecossistemas naturais ficarão muito fragilizados. 


O que as escolas vão fazer?

CRIAR

Professores e alunos transformam a escola num espaço amigo dos insetos polinizadores.

MONITORIZAR

A biodiversidade da escola é observada e estudada pelos alunos.

COMUNICAR

A comunidade escolar é sensibilizada para a importância dos insetos polinizadores.














Durante o mês de Março, o que podemos observar
na escola?

 

 

Espécie herbácea, nativa em Portugal.

A sua floração ocorre entre março a julho e as suas flores são de cor lilás. 

 

Mede cerca de 6 mm de comprimento e o seu padrão típico faz com que seja facilmente reconhecida: 

Cor vermelha alaranjada com uma mancha amarela de cada lado e sete pontos negros.

Os adultos e as larvas são vorazes predadores de pulgões das plantas e outras pragas. 

 

É uma das maiores abelhas da fauna portuguesa e da Europa.

Tem o corpo preto e as asas têm reflexos metálicos azuis-púrpuras. 

Na primavera as fêmeas constroem os ninhos, onde depositam os ovos, para no verão emergirem os jovens adultos. 


Inspire-se nos nossos recursos para trabalhar
com os seus alunos

Quem é o meu par?

Construção de ninhos artificiais para abelhões

Hotel de insetos

Plantas amigas dos insetos polinizadores

Berçário para moscas-das-flores

Canteiro de polinizadores





 

O QUE É A POLINIZAÇÃO?

Para se reproduzirem, as plantas com flor precisam de transferir os grãos de pólen dos estames (órgãos masculinos) para os carpelos (órgãos femininos, onde se encontram os óvulos), e desta forma produzir sementes que irão dar origem a novas plantas.

O transporte de pólen de flor para flor pode ser feito através do vento ou até mesmo da água, mas cerca de 90% de todas as plantas com flor precisam da ajuda de insetos para se reproduzirem, o que inclui não apenas as plantas dos ecossistemas naturais mas também das culturas agrícolas. Esta relação entre plantas e insetos é benéfica para ambos: para que o pólen possa viajar de flor para flor com a ajuda dos insetos, estes recebem como recompensa um saboroso e nutritivo néctar produzido pelas plantas. As abelhas dependem ainda mais da polinização do que os outros insetos, pois as suas larvas alimentam-se exclusivamente de pólen. Talvez por isso as abelhas sejam responsáveis por cerca de 80% de toda a polinização feita por insetos.

Fique a conhecer com mais detalhe a importância dos insetos polinizadores, as ameaças a que estão expostos, e o que fazer para promover a sua conservação.

Abelha

Apis mellifera

Prefere flores brancas, azuis, lilases e amarelas. Necessita de uma plataforma de aterragem ou pétalas grandes, muitas vezes com guias até ao néctar.

Abelha-solitária

Panurgus sp.

Está dependente de plantas da família Asteraceae, tal como os dentes-de-leão, e pode pernoitar no interior das flores que fecham ao final da tarde.

Abelhão

Bombus sp.

Importante polinizador, robusto, peludo e com uma longa probóscide (semelhante a uma tromba). Há plantas que são polinizadas apenas por este inseto.

Mosca-das-flores-comum

Episyrphus balteatus

Poliniza flores abertas, largas, com espaço para pousar e com néctar de fácil acesso. Emita as vespas e as abelhas para afastar predadores.

Cauda-de-andorinha

Papilio machaon

Prefere flores de cores vivas e em forma de tubo. Necessita de uma “plataforma” horizontal para pousar, já que permanece quieta enquanto suga o néctar das flores.

Escaravelho-das-flores

Oxythyrea funesta

Gosta de flores grandes e abertas, e não necessita de pistas de aterragem. Alimenta-se de grãos de pólen e de partes das flores.

 

 

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COMISSÃO CIENTÍFICA

David Avelar, Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais, Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

José Grosso-Silva, Museu de História Natural e da Ciência, Universidade do Porto

César Garcia, Museu Nacional de História Natural e da Ciência, Universidade de Lisboa