O abelhão-terrestre é um insecto do grupo das abelhas, vespas e formigas (Hymenoptera), de tamanho grande (15 a 20 mm) e robusto, com o corpo coberto por pêlos. Identifica-se pelo número e cor das riscas do corpo: uma risca branca na extremidade do abdómen e duas riscas amarelas, uma no meio do abdómen e outra no toráx.
Esta espécie nidifica no solo onde vive em sociedade (rainha, machos e obreiras). É um excelente polinizador e alimenta-se de néctar e pólen.
No início da Primavera a rainha sai da hibernação e recolhe pólen que transporta para o ninho, em “cestos de pólen” nas patas traseiras. Começa a pôr ovos, de onde eclodem larvas que se irão alimentar do pólen armazenado. Estas larvas serão fêmeas obreiras cuja principal função é recolher e transportar pólen para o ninho. Perto do final do Verão, a rainha coloca ovos que irão originar machos e rainhas que irão abandonar o ninho e acasalar. As novas rainhas (já fecundadas) têm que se alimentar, de forma a acumular reservas, e encontrar um ninho para o período de hibernação. Os machos e as fêmeas obreiras chegam ao fim da sua vida e morrem.
Em Portugal está presente em todo o território e prefere jardins e prados floridos.
Os abelhões-terrestres não vivem numa colmeia, como é o caso das abelhas melíferas, mas os seus ninhos são feitos no solo, escondidos no meio das ervas.