A palavra mármore provém do grego marmairein ou do latim marmor e significa pedra de qualidade ou pedra branca; para os geólogos o mármore é exclusivamente uma rocha metamórfica cristalina e carbonatada, composta por cristais de calcite (mármore calcítico), ou dolomite (mármore dolomítico), resultante da recristalização de rochas calcárias ou dolomíticas, na maior parte de natureza sedimentar, previamente existentes.
O mármore chega até nós depois de transformações profundas da matéria que o constitui e que a Geologia pode explicar. Inicialmente os materiais carbonatados, que irão dar origem ao mármore, formaram-se em mares tépidos, pouco profundos, foram depois envolvidos em choques continentais, fazendo parte de antigas montanhas onde adquiriram os variados aspetos que hoje apresentam. Pela destruição destas montanhas, finalmente, ficou exposto à superfície e acessível à utilização pelo Homem.
No panorama geológico português, o anticlinal de Estremoz representa a única estrutura geológica em exploração ininterrupta e, praticamente, sempre crescente nos últimos oitenta anos. A superior qualidade dos mármores fez com que, pelo menos, desde o Período Romano, tivessem sido explorados. Não raras vezes os monumentos romanos, não só de Portugal, mas também de Espanha, foram executados em mármores provenientes desta região do Alentejo.