Segue a exploração de Marte.
Segue a exploração de Marte.
Fabulosos detalhes obtidos pela Mars Express.

A sonda da ESA Mars Express obteve imagens espectaculares, que cobrem 1,87 milhões de km2 da superfície marciana. Estas imagens e a confirmação da presença de gelo de água e gelo de dióxido de carbono nas calotes polares constituem um importante sucesso da ESA e uma contribuição notável para a exploração de Marte, que segue em força em conjunto com os robôs da NASA, Spirit e Opportunity.

A câmara de alta resolução permitiu obter, num único plano de 4000 km, a combinação da maior área fotografada com a maior resolução, alguma vez conseguidas na história da exploração do sistema solar.

Os outros instrumentos a bordo da Mars Express já permitiram também concluir que a distribuição do óxido de carbono nos hemisférios Norte e Sul é distinta e fazer a Medição simultânea da distribuição de vapor de água e de ozono, o que nunca tinha sido feito antes, mostrando que existe mais vapor de água onde existe menos ozono.

A continuação das medições da Mars Express vai permitir, entre outras coisas, a detecção da composição química da atmosfera e determinar se a erosão do vento solar foi a causa do desaparecimento de água líquida em Marte.

Entretanto, no dia 25 de Janeiro como previsto o robô da NASA Opportunity aterrou no Meridiani Planum, uma zona perto do equador oposta à cratera Gusev onde aterrou o seu irmão Spirit.

Planisfério de Marte com as zones de aterragem do Spirit e do Opportunity, a vermelho

O Opportunity explorará durante os próximos três meses uma zona em torno do local de aterragem, que se passou agora a designar de Estação Memorial do Challenger em memória da tripulação do vaivém espacial que perdeu a vida no acidente de Janeiro de 2003.

A planície onde aterrou interessa particularmente aos cientistas porque contém uma antiga camada do mineral hematite, um óxido de ferro, que na Terra se forma quase sempre num ambiente com presença de água.

O local em Marte está agora aparentemente seco, mas o estudo detalhado da forma dos depósitos de hematite e da presença conjunta de outros minerais poderá permitir tirar conclusões importantes quanto à presença de água líquida na superfície do planeta o que o tornaria adequado à existência de vida.

As “pegadas” deixadas no solo de Marte pelos airbags do módulo de aterragem do Opportunity, podem também ajudar a determinar a natureza do solo.

Para já as imagens de alta resolução obtidas pela câmara do Opportunity evidenciaram formações rochosas peculiares que os cientistas anseiam por investigar. Pensa-se que estas rochas, com cerca de 10 cm de altura, possam ser depósitos de cinzas vulcânicas ou sedimentos arrastados pela água ou vento.

Imagem da câmara panorâmica do Opportunity

No último dia 28 de Janeiro, o Spirit fez e consegui enviar a primeira fotografia desde que se começaram a verificar problemas com as comunicações, uma semana antes. A imagem mostra o braço do robot estendido em direcção à rocha chamada Adirondak.

Tal como lhe ordenava o último comando enviado, o espectrómetro, que serve para analisar a composição, continua colocado sobre a rocha. Os engenheiros prosseguem as tentativas de restabelecer a operacionalidade total do Spirit para continuar a exploração.

O Spirit de volta à acção!

Imagens de Marte

Construindo a missão a Marte   [1.4MB]

Opportunity chega a Marte   [3.4MB]

Spirit deixando veículo de aterragem   [7.1MB]

Trabalho criado por Sérgio Sabino, aluno do ISEL

Fonte: NASA

Dados recolhidos pela Mars Express e por dois telescópios terrestres mostram que a atmosfera marciana contém uma pequena parte de metano... cuja origem só pode ser uma de duas coisas: actividade vulcânica presente ou vida no subsolo.

Methane on Mars could signal life

Artigo da BBC

 

Marte: Cientistas Detectam Metano na Atmosfera

Artigo do Público

 

«Mars Express» detecta gás metano em Marte

Artigo da TSF