Ana Maria Segadães

EU SOU ENGENHEIRA CERAMISTA

Fazer ciência como profissão não pode ser pela glória. É antes como cultivar um amor mal correspondido, avaro na retribuição. É preciso gostar tanto que se desvaloriza o tempo, se esquece a fadiga e se perdoa o fracasso. É preciso prezar a grandiosidade do já explicado e deliciar-se com cada detalhe novo. É preciso ser brioso e evitar a imprudência de distorcer razões. E é preciso ser-se humilde quando se tropeça numa respos- ta generosa a uma pergunta que não foi feita: como é bom ser-se amado!

 

 

 

Fotografia: Ana Brígida