O Renascimento
Trabalho da turma - I
O Renascimento

 

O Renascimento - movimento de renovação - foi um período da história cultural europeia que teve início em Itália no século XV e se prolongou até fins do século XVI. Embora, hoje em dia não se considere uma separação nítida entre a Idade Média e o Renascimento, no que diz respeito à arte, não restam dúvidas que foi no século XV, em Itália, principalmente em Florença, que se deu uma verdadeira revolução. Noutros países da Europa, teve início mais tarde, prolongando-se até ao século XVII.

Houve vários factores que contribuíram para que este movimento se tivesse iniciado nalgumas cidades italianas:

·existência de muitos monumentos e vestígios da cultura clássica;

·funcionamento de escolas e Universidades importantes;

·príncipes e papas muito ricos que protegiam artistas e intelectuais.

 

A principal característica do Renascimento foi a redescoberta da Antiguidade Clássica, o conceito de humanismo, a crença na vida activa em vez da contemplativa. A preocupação do renascentista italiano é “agir e compreender”.

Na Idade Média o Homem era profundamente religioso, considerava que tudo era obra de Deus e que só a Deus devia dedicar os seus estudos – visão teocêntrica - sendo, por essa razão, a teologia uma disciplina muito importante. No Renascimento, sem esquecer Deus, o Homem tornou-se o centro de todas as atenções e objecto de estudo – visão antropocêntrica.

O fascínio pela arquitectura do mundo antigo também era uma preocupação. Foram feitos muitos estudos da arquitectura grega e romana. “As cinco maneiras de construir” é um tratado de arquitectura que revê as cinco formas de construção no mundo greco-romano, considerando cinco ordens: Toscana, Dórica, Jónica, Coríntia e Compósita.

Para além do estudo das formas clássicas, também havia a preocupação com a vida profana, o indivíduo e o humanismo.

O objectivo da educação renascentista era o “homem universal” com formação em estudos humanistas, matemática, ciência, artes e ofícios, aptidão física e desporto. Não era só o esforço intelectual que era importante, a actividade física também o era.

No domínio religioso, o humanismo tentou juntar os valores morais e intelectuais da Antiguidade Clássica com os do Cristianismo.

No campo político, o pacifismo e a procura de equilíbrio entre os diferentes poderes foram as suas principais características.

O Renascimento e as artes

 

No campo artístico, o aprofundamento do conhecimento da anatomia, permitiram uma melhor representação do corpo humano, com o cálculo rigoroso das proporções. A perspectiva geométrica e o sistema das proporções, modificaram, completamente, o trabalho dos artistas.

A pintura e a escultura deixaram de estar ao serviço do sagrado, adquirindo autonomia. A perspectiva geométrica, foi descoberta em Itália no séc.XV, por Alberti, um grande humanista do Renascimento, e foi criada, essencialmente, para dar profundidade, às vezes mais do que na realidade, na pintura e na escultura. Até essa altura, os pintores e escultores preocupavam-se muito com a forma física das suas obras.

Com a descoberta da perspectiva, foi introduzido uma arte intelectual no trabalho. Muitos pintores e escultores tinham que saber de perspectiva, geometria e filosofia. Na pintura foram então introduzida novas técnicas: perspectiva, harmonia, realismo, equilíbrio da composição e naturalismo.

A técnica da perspectiva depressa se espalhou por toda a Europa. A riqueza que reinava em Itália devido ao comércio ajudou para que estas novas descobertas fossem espalhadas com muita rapidez. Para a difusão deste movimento também contribuiu a descoberta da imprensa (Gutemberg, meados do século XV).

Em Portugal, no século XV, já havia contactos com artistas italianos ou de formação italiana mas o espírito renascentista atingiu o auge principalmente a partir do século XVI, coincidindo com a expansão marítima. A fusão de formas renascentistas e góticas, com influência de arquitectura árabe, deu origem ao estilo manuelino, de que são exemplos o Mosteiro dos Jerónimos e o Convento de Cristo em Tomar.

 

André Ferreira

André Ruivo

Bernardo Pinto

Bruno Vasconcelos

Francisco Correia

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